Embora a Constituição federal de 1988 assegure a liberdade de crença como direito de todos os cidadãos, constata-se que, na sociedade brasileira contemporânea, esse direito constitucional entra em contraste com a realidade do país, haja vista que a liberdade de crença não é garantida plenamente. Isso acontece devido à persistência da intolerância religiosa, que está relacionada com o fanatismo e com aspectos culturais e históricos.
É relevante abordar, em viés, que a intolerância religiosa se relaciona, intrinsecamente com aspectos históricos e culturais. Em razão, que desde do período colonial, ocorreu a valorização de uma determinada religião, sendo essa, o cristianismo. Em quanto outras religiões, principalmente dos colonizados e dos povos nativos foram desvalorizadas e estigmatizadas. Isso acabou comprometendo no contexto religioso brasileiro atual, onde apenas determinadas religiões são enaltecidas, enquanto outras, como religiões indígenas e de matrizes africanas são desconsideradas.
Ademais, é importante destacar que a perpetuação da intolerância religiosa se relativa, também, com o fanatismo. Em virtude, que a própria definição do fanatismo, conforme o dicionário, significa adesão excessiva a um sistema partidário ou religioso. Nesse sentido, é demonstrado de que, sim, o fanatismo pode levar extremos de intolerância, de tal forma que pode acabar impossibilitado a liberdade de credo.
Por isso, deve ocorrer medidas que diminuem esses problemas. Para isso efetivar, é significativo que as Organizações não Governamentais (ONGs), por intermédio de campanhas publicitárias, incentive o respeito por cada religião, de modo a valorizar as diferenças crenças. Além disso, é fundamental que o Estado, a partir dos três poderes, condicione políticas públicas, de modo que os cidadãos tenham mais autonomia religiosa. Sendo assim, que essas ações possam ser concretizadas, para que a intolerância religiosa seja minimizada.

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