Durante a exibição do programa de TV, Big Brother Brasil, a cantora Karol Conká sofreu sério repúdio do público em relação ao seu comportamento julgado inadequado e preconceituoso ponto. Dessa forma, a cultura do cancelamento ocorre diariamente no meio virtual. Nesse sentido, configuram-se como principais causas do revés a falta de empatia e uso do linchamento virtual como forma de punição.
Diante desse cenário, é oportuno pontuar que a não empatia corrobora para a permanência do cancelamento. Nesse sentido, para o sociólogo Émile Durkheim, o egoísmo dos indivíduos é, em grande parte, produto da sociedade, haja vista que em meio a esses julgamentos exacerbadas e punitivos, formam-se pessoas egoístas e que agem como se fossem detentores da verdade. Assim, se tal conjuntura não apresentar mudanças, a sociedade enfrentará sérios problemas futuros.
Outrossim, o uso punitivo do cancelamento midiático sem limites, tem causado transtornos em pessoas afetadas por essa cultura. A cantora Luiza Sonza, após sérios ataques relacionando ela com o parto prematuro e, consequente falecimento do filho do humorista Whindersson Nunes, postou um vídeo muito abalada com as acusações sem provas. Com isso, nota-se uma sociedade doente a qual aponta e declara um pouco ocupado sem direito algum de defesa e explicação dos fatos.
Portanto, é imprescindível que ações sejam tomadas. Para isso, é necessário que o Governo Federal, por meio do Ministério da Tecnologia - órgão responsável por difundir e organizar os meios tecnológicos em todo o país -, crie um programa anticancelamento, o qual servirá para denunciar comentários ofensivos e que ferem os direitos humanos, com intuito de combater essas práticas de ódio. Além disso, o Ministério da Educação por meio de verbas direcionadas, deve promover campanhas publicitárias, instigando os usuários das redes a serem mais empáticos indo de encontro ao egoísmo relatado por Durkheim.