A série produzida pela TV Globo, “Diário de um confinado”, conta a história de um homem que em meio ao isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus tenta manter a sanidade mental. Fora da ficção, a realidade é a mesma, de pessoas tentando ter saúde mental vivendo um momento desafiador causado por um vírus. Dessa forma, todas as faixas etárias foram atingidas, e as crianças têm sofrido muito. Nesse viés, é possível perceber os efeitos da quarentena e da pandemia do coronavírus nos pequenos indivíduos, pois não podem ter contato com outras crianças para brincar e gastar as energias, desse modo, a saúde física e mental é comprometida. Isso ocorre, ora pela omissão governamental, ora pela ausência de atitudes dos responsáveis para garantir o bem-estar desses meninos. Com isso, é imprescindível que coloquem em ação medidas efetivas a fim de melhorar essa situação.
Nesse contexto, é importante ressaltar a omissão governamental acerca dessa problemática. Segundo a lei de 1990 “Estatuto da Criança e do Adolescente” que assegura os direitos das crianças e dos adolescentes, “É dever do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, entre outros”. No entanto, ao contrário do que está previsto na lei, no momento pandêmico houve pouca assistência para as crianças, de forma que não foram garantidos os direitos ao ensino e à saúde, demonstrando a omissão governamental nisso. Sendo assim, muitas crianças não tiveram acesso à escola, de maneira remota, ficando suscetíveis a problemas de saúde relacionados à mente, causados pelo isolamento e a carência de aprendizagem. Nessa perspectiva, é preciso que haja atenção do governo para resolver essa questão.
Outrossim, é visível que os pais ou responsáveis pelas crianças não souberam como agir diante do isolamento e do comportamento dessas pessoas. Com a quarentena, as pessoas de faixa etária infantil, não puderam mais ter contato com amigos para brincar, ir à escola e gastar um pouco de energia. Por esse motivo, segundo uma notícia do site do Hospital Santa Mônica, “A vulnerabilidade psicológica das crianças no período de quarentena é bem maior”. Logo, os familiares têm a missão de garantir que haja distrações educativas e saudáveis, porém muitos pais recorrem ao celular e prejudicam os filhos, pois surgem problemas de saúde como vícios. Tem-se então a necessidade de atitudes saudáveis dos responsáveis para garantir a saúde mental das crianças.
Portanto, cabe ao governo, assegurar a efetivação dos direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, como o direito à saúde e à educação, buscando formas de possibilitar que todos participem do ensino remoto, atendendo cada região de acordo com suas necessidades e conscientizando os responsáveis para encontrarem formas de permitir que as crianças gastem energia, por meio de programas de ajuda aos pais. Por certo, com essas medidas, irá ocorrer a diminuição dos efeitos negativos da quarentena para as crianças. Assim, será possível que a série “Diário de um confinado”, deixe de retratar a realidade, e todos tenham mais saúde física e mental.