O Sistema Único de Saúde (SUS) foi promulgado pelo artigo 196 da Constituição de 1988 como direito de todos e dever fundamental do Estado em assegurá-lo. Por meio dessa instituição, todos os cidadãos dispõem do acesso universal, igualitário e gratuito à saúde. No entanto, apesar dos inúmeros benefícios concedidos, com a diminuição da desigualdade social no país, discute-se a privatização dessa instituição devido à falta de investimentos governamentais e devido à precariedade de profissionais na área.
Isto posto, é fulcral ressaltar que, de acordo com pesquisas, 77% dos brasileiros necessitam do SUS. O mesmo, desde sua criação, ajudou a reduzir as desigualdades no acesso à saúde, bem como as instalações sanitárias. Ademais, contribuiu para o aumento da expectativa de vida e diminuição da mortalidade infantil. Entretanto, o investimento público na área nunca foi proporcional à necessidade de todos. Pois, são investidos apenas 8% do PIB, os quais, apenas 3,8% são destinados à saúde pública. Além disso, há corrupção, no que tange ao desvio de verbas destinadas à saúde.
Outrossim, são diversos os imbróglios pelos quais o Sistema perpassa, bem como a precariedade na oferta de medicamentos e a demora no atendimento, o que resulta em enormes filas de espera. No mais, é indubitável que a saída dos médicos cubanos do Brasil impactou negativamente a saúde pública.
Por fim, diante do exposto, visando a maior disponibilidade de recursos, o governo deve destinar pelo menos 7% do PIB à área da saúde pública, com o fito de investir no incremento da infraestrutura de hospitais. Além disso, o governo, em parceria com o Ministério da Saúde, deve retomar a parceria com o governo Cubano, a fim de obter-se um maior número de profissionais qualificados. A correta aplicação dessas medidas proporcionará a manutenção do acesso gratuito à saúde e, por conseguinte, melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

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