Na série “Todo Mundo Odeia o Chris", o personagem Perigo comercializa produtos roubados e falsificados com o intuito de adquirir lucro por meio de marcas famosas. Em um episódio da série, a personagem Rochele foi presenteada com um perfume do Perigo, porém, a mesma sofreu complicações alérgicas graças à falsificação da fórmula do cosmético. De maneira correlata, é perceptível que a postura dos brasileiros frente ao consumo de produtos falsificados intensifica a pirataria, sobretudo diante da negligência do Estado quanto a fiscalização de tal conduta e a falta de conscientização do próprio cidadão que contribui para as contínuas práticas de pirataria no cotidiano.
De acordo com o Código Penal brasileiro, é crime violar os direitos autorais, se for com o intuito de
lucrar de forma direta ou indireta. Entretanto, esse princípio não é exercido em sua totalidade, haja
vista o elevado índice de pirataria no país. De acordo com dados da empresa britânica Muso, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de países que mais consomem conteúdos ilegais,
principalmente na área de entretenimento, tal como os programas de TV, músicas e cinema. Estes dados só reforçam o quanto o Estado, juntamente com o Conselho Nacional de Combate à Pirataria,
necessitam de mais autenticidade quanto à diminuição da parcela de usuários que fortalecem o mercado ilegal.
Em outra síntese, a desigualdade social, juntamente com a falta de abordagem nas mídias sobre o tráfico ilegal, são razões a qual os cidadãos brasileiros optam por consumirem mercadorias pirateadas, visto que as mesmas costumam ser mais baratas e acessíveis no mercado. Logo, como consequência, os indivíduos protagonizam o personagem Perigo, da série “Todo Mundo Odeia o Chris", de forma direta ou indireta.
Entende-se, portanto, que a comercialização de produtos ilegais é crime e deve ser combatida. Nesse contexto, cabe a mídia abordar os perigos causados pelo consumo de produtos falsificados e ressaltar a importância de seguir a lei prescrita no Código Penal brasileiro. Além disso, é importante que o Estado, juntamente com o Conselho Nacional de Combate à Pirataria, atuem de forma mais profunda para o combate da pirataria por meio de investigações e fiscalizações realizadas por operações policiais a fim de impedir a legitimação desse crime pela população. Desse modo, os índices de pirataria na sociedade brasileira diminuirão graças a uma conscientização redirecionada aos indivíduos e, além de tudo, uma fiscalização mais eficaz, executada pelos órgãos competentes.