Consumismo desenfreado desde a infância

No livro Os Segredos da Mente Milionária, o autor T. Harv Eker aborda sobre a perspectiva dos desafortunados, em oposição aos indivíduos de alta renda em relação aos rendimentos financeiros e poupança. Nesse sentido, a narrativa revela ensinamentos errôneos durante a infância, através de costumes familiares hereditários, que podem ser relacionados a realidade do século XXI: capitalismo e má capacitação para o desenvolvimento financeiro.
Em primeiro lugar, é imprescindível destacar o papel das publicidades no consumo desenfreado, já que as referidas, voltadas a persuasão infantil, tem como consequência a ambição precoce por utensílios distantes das primeiras categorias de necessidade. No período da Antiguidade, onde ainda não havia um sistema monetário, a sociedade vivia em plena equilíbrio, já que não existia rivalidade econômica. Logo, todos os cidadãos tinham seus direitos civis primordiais garantidos, tendo como exemplo: a propriedade, a segurança e a saúde.
Ademais, as propagandas voltadas às crianças colocam em risco, desde cedo, a integridade e segurança das mesmas, visto que, segundo Émile Durkheim, sociólogo francês, os fatos sociais podem ser normais ou patológicos. Na sequência dessa linha de raciocínio, observa-se que um ambiente patológico, em crise, rompe toda a harmonia social, causando suicídios anômicos pela falta de integração à sociedade.
Depreende-se, portanto, a necessidade de combater o quadro atual do Brasil. Para a formação de futuros consumidores conscientes, urge que o Estado capitalista promova, por meio de investimentos estatais, um projeto que vise auxiliar na obtenção de conhecimentos de capitais. O programa vai incluir, também, temas que abordem sobre rendimentos passivos e investimentos. Somente assim, será possível a consolidação de uma sociedade mais cautelosa monetariamente, onde o sistema digno favorece o progresso coletivo, tal como afirma Émile Durkheim.