De acordo com pesquisas feitas pelo Instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial e cedida à BBC News Brasil, mais de 50% dos brasileiros afirmam estar com a saúde mental afetada. A priori, essa questão fica ainda mais irrelevante quando as pessoas afetadas não tem nenhum apoio. Diante disso, os sentimentos de tristeza e falta de interesse é potencializada e agravada pela imoralidade inata.
Nessa perspectiva, é primordial destacar que a carência de investimentos em auxílios para indivíduos afetados, deriva da ineficácia do Poder Público, no que concerne à criação de mecanismos, os quais coíbam tais recorrências. Sob a perspectiva do filósofo John Locke, o Estado foi criado por um pacto social para assegurar os direitos fundamentais dos indivíduos e proporcionar relações harmônicas. Entretanto, é notório o rompimento desse contrato social no cenário hodierno brasileiro, visto que, devido à baixa de atuação das autoridades, o estigma relacionado à doença mental é pernicioso e gera preconceito e discriminação. Destarte, fica evidente a ineficiência da máquina administrativa na resolução dessa situação caótica.
Somado a isso, a carência de recursos profissionais em relação à saúde mental dos indivíduos afetados, apresenta-se como outro desafio da problemática. Tal conceito abordado é materializado no Brasil, haja vista que o Poder Público não se interessa pela saúde mental da população, o que, consequentemente, agrava a situação. Logo, tudo isso retarda o combate às doenças mentais na sociedade brasileira, já que a ausência de projetos de conscientização em relação às doenças mentais na sociedade brasileira, contribui para a perpetuação desse quadro deletério.
Em virtude do exposto, infere-se, portanto, a necessidade de mitigação dos entraves em prol da diminuição das doenças mentais na sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Congresso Nacional, mediante do aumento do percentual de investimento, o qual será proporcionado por uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ampliar os recursos profissionais em relação às doenças mentais dos indivíduos na sociedade, através de palestras ministradas por profissionais especializados na área da saúde, com o objetivo de prevenir doenças e promover a saúde. Dessa forma, poder-se a concretizar a "Utopia" de Morus na sociedade brasileira.