A educação abre portas para o desenvolvimento social, como diz Immanuel Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele.”, isso torna visível sua indispensabilidade. Visando transformar o ensino superior brasileiro em um mais democratizado, ou seja, torná-lo acessível a todos, é um dever melhorar a qualidade do ensino fundamental no Brasil e viabilizar uma forma de pessoas com baixa renda conseguirem conciliar os estudos com o trabalho.
Não é de hoje que o ensino nas escolas públicas é precário, a falta de investimento, o desvio de verba, as péssimas condições estruturais, levam a um aprendizado contingente. Além disso, inúmeras pessoas que estudam em escolas públicas tendem a trabalhar e ajudar em casa, dificultando o foco no aprendizado. Com base em estudos, de 100 alunos que iniciam o ensino fundamental em escolas fornecidas pelo governo, apenas 11 chegam a cursar uma universidade. Isso mostra uma falha nas instituições de ensino, que deveriam incentivar a entrada de indivíduos nas faculdades, para que sejam-lhe impostas melhores condições de trabalho e de vida.
De acordo com o IBGE, 32,9% dos brasileiros acima dos 25 anos, não conseguem terminar os estudos uma vez que precisam trabalhar para conseguir se sustentar. Esse estudo sugere que os alunos não atingem os estudos pelo choque de horários, o que inviabiliza as aulas, já que, a necessidade de ganhar dinheiro no momento é maior. Mesmo existindo instituições como o ProUni (Programa Universidade para Todos), que ajuda os universitários financeiramente, ainda são poucas as pessoas que conseguem fazer a conciliação, visto que a maioria dos empregos são diurnos, nos mesmos horários das aulas.
O Ministério da Educação tem a obrigação de aumentar os investimentos em ensino de qualidade, melhorando estruturas, disponibilizando profissionais de qualidade e, além disso, dar suporte aos alunos. Outra forma de se converter o ensino superior em algo democratizado é criar turmas em horários diferentes para que todos possam assistir às aulas, também é de extrema necessidade que instituições que apoiam os estudantes, tanto financeiramente, quanto moralmente sejam criadas, impedindo que os acadêmicos parem de estudar pelos mais diversos motivos.