Embora a Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, tenha sido promulgada com a promessa de assegurar os direitos de todos os brasileiros, os estigmas associados às doenças mentais na sociedade brasileira persiste configurando-se como uma falha nos princípios da isonomia brasileira. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro.
Precipuamente, deve-se destacar a falta de investimentos governamentais como um dos complicadores do problema. Nesse sentido, segundo Rousseau, na obra "Contrato Social", cabe ao Estado viabilizar ações que garantam o bem-estar da população. No entanto, nota-se, no Brasil, que os estigmas associado às doenças mentais rompe com as defesas do filósofo iluminista.
Além disso, os estigmas associados às doenças mentais na sociedade brasileira encontram terra fértil no individualismo. Na obra "Modernidade Líquida", Zygmunt Bauman defende que a pós-modernidade é fortemente influenciada pelo individualismo. Em virtude disso, há, como consequência, a falta de empatia, pois, para se colocar no lugar do outro, é preciso deixar de olhar apenas para si.
Infere-se, portanto, que ainda há entraves para solidificação de políticos que visem à construção de um mundo melhor. Dessa maneira, com o intuito de mitigar os estigmas, urge que Governo Federal juntamente com o Ministério da Saúde criem estratégias para fomentação de uma sociedade com mais empatia e feliz. Assim, os estigmas associados às doenças mentais na sociedade brasileira, serão, sem dúvida alguma, menores.