A revolta da vacina, 1904, foi um manifesto de estranheza à campanha de vacinação da varíola no Rio de Janeiro, ocasionado pela falta de informações e sua obrigatoriedade. Embora, atualmente, a conjuntura social tenha mudado, o movimento antivacina persiste no Brasil. Dessa forma, a falta de conscientização e informação sobre a importância da vacinação e impacto na saúde pública são problemas evidentes.
Segundo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Sob esse viés, é necessário ressaltar de que forma a desinformação fomenta tais movimentos. Isso ocorre devido ao baixo senso crítico da população que, desde cedo, não foi estimulada a questionar. Dessa forma, se limitando a sujeito passivo no processo de aprendizado. Em meio a isso, é possível fazer uma analogia com a educação libertadora de Paulo Freire, na qual o pedagogo defendia um ensino capaz de estimular a reflexão e LIBERTAR o indivíduo.
Cabe mencionar, que as "fake news" fundamentadas em conspirações e desinformação, desde 1998 com o médico britânico Andrew Wakefiel, são ainda fatores que tornam a vacinação um processo conflituoso. Sendo assim, o movimento antivacina se embasa em notícias e efeitos falsos, motivações religiosas e inconstitucionalidade - devido a obrigatoriedade da vacina.
Entretanto, para George Santayana, aqueles que não lembram o passado estão condenados a repeti-lo. Partindo desse pressuposto, tal cenário corrobora a impactos na saúde pública, haja vista que doenças erradicadas podem vir a ter novos surtos.
Portanto, é imperiosa uma ação do ministério da saúde em parceria com estados e municípios na promoção de conscientização da população sobre a importância da vacinação e impacto na saúde pública, por meio de palestras, imagens e vídeos em mídias sociais, debates ao vivo e panfletagens, afim de que dúvidas sejam sanadas e desmistificações sejam feitas, para que as implicações do movimento antivacina sejam minimizados no Brasil.