O Brasil figura entre os países que apresentam os mais altos índices de Gini – o qual mede a desigualdade social de uma nação. Essa realidade é evidenciada por meio da população, que vive em situação de rua, principalmente pelas crianças. Pois é nessa fase da vida que ocorrem os primeiros processos de socialização do indivíduo e na qual a privação dos direitos fundamentais se torna mais prejudicial. Visto que expõe a criança a um alto nível de vulnerabilidade, afastando-a da escola e gerando impactos que se perpetuam pelo resto da vida.
Primordialmente a privação de direitos como segurança e alimentação, os quais são assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, resulta em consequências drásticas. Isso porque encontrar-se em situação de rua leva a criança a uma imensa vulnerabilidade, já que ela passa a estar abandonada sem proteção, senão a do Estado. Dessa forma, ela fica suscetível ao álcool, às drogas e, inclusive ao trabalho infantil, já que vê nesse uma oportunidade de garantir renda e, possivelmente, alimentação. Assim, o indivíduo sozinho torna-se incapaz de sair de tal condição.
Por fim, para que ocorra a garantia dos direitos fundamentais das crianças brasileiras, incluindo o direito a educação, faz-se necessária a criação de ONG’s ou projetos que acolham tais indivíduos, como seu consentimento e deem a oportunidade de irem a escola e terem acesso a uma alimentação adequada. Tais ações, financiadas pelo Governo Federal, juntamente com doações da iniciativa privada e liderados por profissionais da Assistência Social. A fim de que se minimizem os impactos de tal situação na vida dessas crianças e para que novos caminhos sejam abertos.