Durante a Idade Média, houve um domínio padrão da estética: os romanos passaram a acreditar na influência de ser belo como um símbolo de poder, charme e exuberância. Ao longo dos anos, ocorreram mudanças sobre a visão corporal, visto que as pessoas gordinhas eram valorizadas. Já as magras eram consideradas como distantes do estilo bonito. No entanto, hoje, é alarmante que exista a inversão vista pelos romanos, uma vez que as pessoas veem o estilo estético como uma obsessão e disputa, ou seja, a magreza ganha uma maior importância sociocultural, porém é negativa para os que estão acima do peso. Desse modo, é válido analisar a perfeição como um centro da felicidade e a imposição da sociedade diante desse caos.
Em primeiro plano, a mídia exige um aperfeiçoamento do corpo que se enquadra no hábito cultural. Nesse viés, em sua música Pretty Hurts, a cantora americana Beyoncé explica a beleza como um sinônimo de felicidade, isto é, as pessoas tentam incorporar-se na estética para enquadrar-se em uma perfeição doentia construída pela nação, para que as possam conseguir oportunidades em suas vidas. Diante do que foi citado, muitos indivíduos não conseguem obter uma imagem desejada e um peso “ideal” para serem valorizados, bem como são impressionados a fazerem dietas e cirurgias plásticas prejudiciais à saúde. Em suma, essa influência pode levá-los a doenças mentais tais como a anorexia cujo termo é caraterizado em que a pessoa se ver gorda independente do seu peso.
Em segundo plano, a pressão estética para as pessoas as quais apresentam umas gordurinhas, impossibilita a supervalorização delas. Nesse cenário, no filme da Netflix Dumplin, Dickson é uma jovem que pretende desafiar os padrões impostos pela sociedade, para isso a adolescente resolve se inscrever em um concurso de beleza proposto por sua mãe, uma ex miss. A respeito, fora da obra, é possível observar jovens como a personagem quererem realizar seus desejos. Todavia, alguns acabam passando por procedimentos de magreza e se sentem insatisfeitos por uma realidade sobre a qual não foi construída ou planejada por eles. Assim, enquanto a pressão estiver no comando, as vítimas passarão por obstáculos dessa influência.
Infere-se, portanto, que medidas sejam necessárias para minimizar o impasse. Logo, cabe ao Ministério da Saúde em parcerias aos especialistas criem programas de aceitação e aconselhamento, por meio de televisivas que coloquem todas as incorporações, sejam gordas ou magras. Além disso, tais programas terão a finalidade de mostrar que a beleza não está na perfeição de um corpo magro, de modo a evitar a desvalorização, o preconceito e a baixa autoestima. Com essas medidas, espera-se que os indivíduos veem a imagem de um ser belo como era vista na Idade Média, colocando-os no mesmo espaço, sem que haja a exigência para lhes encaixar na contemporaneidade.