Na série "dark" da plataforma digital Netflix é apresentada uma personagem que possui surdez e em uma das cenas é excluída por conta da sua deficiência. Infelizmente fora da ficção essa é uma realidade no Brasil, que se estabelece como um fenômeno atingindo de forma integral a sociedade. Por isso faz-se necessária a análise deste quadro.

Sob esse viés, é relevante destacar que segundo o IBGE mais de 10 milhões de brasileiros dispõem de surdez. Nesse sentido lhes é assegurado por lei o acesso a educação, porém ainda assim apenas uma pequena parcela tem esse direito garantido. Contudo, a falta de informação corrobora com a evasão escolar de surdos. Assim sendo, a falta de assuntos passados nas escolas que abordem a cerca do assunto dificulta a formação de tais.

Dentro dessa perspectiva, vale apontar que a inserção de portadores de deficiência auditiva a educação só aconteceu em 1857 no período imperial. Entretanto atualmente as escolas brasileiras não dispõem de profissionais qualificados, formados em libras, o que contribui para a exclusão desses indivíduos. Segundo o filósofo Sater " o pior mau é aquele que nos acostumamos". Mediante a isto, a inexistência de visibilidade torna o reconhecimento dos mesmos um obstáculo.

Portanto, infere-se que a a formação de surdos é um impasse no Brasil, assim precisa ser sanado. Então cabe ao MEC (Ministério da Educação e da Cultura) promover por meio de um projeto de lei a formação obrigatória de professores em libras. Também fica a cargo do Governo Federal divulgar através de veículos midiáticos conteúdos que informem a importância educacional de pessoas surdas. Por fim as escolas devem fornecer palestras com enfoque na inclusão de portadores de deficiência. Dessa maneira o Brasil se tornará um país mais igualitário com seus cidadãos.