Segundo a escritora brasileira, Clarice Lispector, a mudança, o movimento e o dinamismo são os fatores mais importantes na vida dos indivíduos. Nesse sentido, trazendo essa visão para o cenário da mobilidade mercantil, o Brasil não apresenta uma satisfação em seus meios de transporte, visto que não há uma variabilidade logística balanceada no país. Dessa forma, deve-se debater a falta de investimento em infraestrutura mobilística, que contribui para essa realidade, e as mudanças que as empresas sofrem diante disso.
Sob tal viés, é preciso destacar que no Brasil a estrutura de transporte rodoviário tem predominância em todo seu território, o que leva a uma certa disparidade sistêmica entre os outros meios de locomoção. Isso se dá, pois com a má administração pública, que cidades e interiores sofrem, a falta de planejamento e investimento infraestrutural, de qualidade, torna-se evidente, o que dificulta a movimentação dos vários tipos de mercadorias que fomentam a economia nacional. Diante disso, a ideia de Lispector, contextualizada no sistema mobilístico do país, não é validada, já que ele não fornece uma mudança e dinamismo em sua logística.
Por consequência, em meio a essa problemática, muitas empresas acabam tendo que optar por novas alternativas de deslocamento de seus produtos, que possam amenizar os gastos gerados pelo meio tradicional, nesse caso, rodoviário. Nessa questão, o agronegócio brasileiro se encaixa, bem, dentro dessa realidade, uma vez que ele, por meio do sistema aéreo, facilita o transporte das suas safras, sem precisar usar de forma contínua as estradas. Assim, fica claro o processo constante da indústria nacional em busca de diferentes meios locomotivos, pela falta de investimento estatal na infraestrutura do país.
Portanto, os sistemas de logística e transporte do Brasil devem ser reestruturados. Para que, dessa forma, haja uma qualificação e rapidez na movimentação mercantil da nação. Sendo assim, o Governo, precisa, por meio do Ministério da Infraestrutura, criar políticas públicas bem articuladas que, com a ajuda de engenheiros das esferas estatais e privadas da indústria, possam reorganizar a estrutura de locomoção nacional, possibilitando o balanceamento entre os vários meios de transporte que ela oferece. Logo, os problemas da mobilização de mercadorias será, de fato, atenuado no território brasileiro.