A Constituição Federal brasileira de 1988, em seu artigo de número "3", mediante rígida aplicação, garante a todo sujeito nascido em território nacional, ou cuja filiação ao país, como é o caso de imigrantes e refugiados, decorrido por meios jurídicos legalizados, o direito à cidadania brasileira. Entretanto, na atual sociedade na qual estamos inseridos, dista-se em muito deste ideal, que por meio da negação de diversos fatores, os impossibilita de exercer a sua cidadania.
Tendo isto por escrito, destaca-se a população mais humilde, classe social mais baixa, aonde encontra-se concentração deste "sujeitos invisíveis", nascidos da incapacidade de acesso a informações, recursos diversos, e seus próprios direitos, e que, esquecidos por seu governo, originam as "sociedades invisíveis".
Tal processo de exclusão, falho mesmo para com aqueles recém-integrados à nação, como é comum o caso do "registro civíl", documento que comprova sua cidadania, e é direito de todos, porém nem todos tem acesso. Segundo Milton Santos, a sociedade brasileira somente se concretizará em funcional e bela quando todos exercerem de forma igual dos mesmos direitos, algo do qual em muito distamos.
Tomando-se por base que ser cidadão é mais do que simplesmente possuir um documento que o diga, mas sim a possibilidade de exercer de todos os direitos assegurado-lhes pela constituição. Tal dito é belo, porém irreal, e com a finalidade de aproximarmo-nos desta realidade, hoje ainda fictícia, mediante o Governo federal, que realizará massivos investimentos em setores públicos, destacando-se o midiático, cuja função será a de conscientizar o povo sobre os direitos que possuem e como exerce-los, o serviço social, fornecendo amparo, apoio financeiro e qualidade de vida através da saúde, dando assim dignidade ao povo brasileiro, e a educação, aonde são moldados os cidadãos de nossa nação, trabalhando sempre com dignidade, lucidez e integridade, visando o tal dito "Brasil para todos".