TEXTO I
representatividade
substantivo feminino
1.qualidade de representativo.
2.qualidade de alguém, de um partido, de um grupo ou de um sindicato, cujo embasamento na população faz que ele possa exprimir-se verdadeiramente em seu nome.
TEXTO II
TEXTO III
Um das poucas certezas é a de que vivenciamos uma crise de legitimidade das instituições e um profundo mal-estar com a democracia existente no país. O problema central, portanto, me parece ser o da falta de legitimidade das instituições de representação. Há um esgotamento e uma descrença nelas que não é específica do Brasil, mas das democracias representativas de uma maneira geral e especialmente em relação aos partidos políticos.
Existe assim uma crise da própria democracia representativa. Essencialmente, os cidadãos não se sentem representados nem pelos partidos e muito menos pelos governos. Uma crise da representação política, visível na descrença e desqualificação do parlamento, dos partidos e dos políticos, especialmente entre os jovens. Pesquisa do Instituto Data Popular publicada no dia 21/6/2013, com 1.502 pessoas entre 18 e 30 anos, em 100 cidades do país, revelou que 75% não confiam nos políticos, nem nos partidos (e 59% também não confiam na justiça).
Essa descrença explica, em grande parte, a ausência de partidos nas manifestações e quando presentes (pequenos partidos de esquerda, como PSTU e Psol), foram rejeitados e hostilizados. Houve conflitos em diversas cidades entre militantes de partidos, com suas bandeiras, e os manifestantes. Isso ocorreu também nas manifestações na Europa e na chamada “primavera árabe”. O que revela que o problema não é específico do Brasil, é mais geral, como disse o sociólogo espanhol Manuel Castells, estudioso dessas manifestações em várias partes do mundo e que publicou recentemente um livro “Indignação e Esperança – Movimentos Sociais na Era da Internet” (Zahar Editora). Para ele, uma das características desses movimentos é a rejeição aos partidos, “há um desprezo geral aos partidos políticos”.
TEXTO IV