No livro Utopia de Thomas Morus, é apresentada uma sociedade perfeita, livre das opressões e das mazelas sociais. Contanto diferente da ficção, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa a desigualdade de gênero, dificultando, desse modo, a consolidação de tal utopia. Diante dessa perspectiva faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em primeiro plano, o patriarcalismo enraizado socialmente, favorece uma visão onde a divisão de papéis corrobora com a desvalorização feminina, sendo atribuída a mulher local de submissão. Reverberado assim, a ideia do filósofo alemão, Max Weber, que disserta sobre a existência de uma autoridade tradicional, que rege o poder a partir de padrões culturais historicamente forjados.
Ademais, é imprescídivel pontuar o papel capitalista nesse sentido, já que no período de consolidação histórica desse meio de produção, A Revolução Industrial, as mulheres se inseriram mais ativamente no mercado de trabalho, não obstante, isso não contribuiu para a emancipação feminina, já que as longas jornadas de trabalho, bem como a grande disparidade de salários, tornaram forçoso que as mulheres dependessem dos homens para seu sustento, tal dependência se reverberou historicamente, de maneira análoga ao pensamento de Frances Bacon, onde afirma que o comportamento humano é contagioso, e torna-se enraizado a medida que se reproduz.
Portanto,urge a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso faz-se imperativo que o governo, agente responsável por suprir as necessidades sociais, por meio de projetos que visam inserir de maneira mais efetiva e justa as mulheres no mercado de trabalho, bem como o uso da educação conscientizando acerca de tal desigualdade, a fim de que tal comportamento não se reproduza.Paralelamente consolidando uma sociedade que espelha a obra de mouros