A Constituição Federal de 1988 nos diz que a educação é garantida como um direito fundamental, e a segurança é um elemento essencial para assegurar esse direito. No entanto, o que se observa na realidade é outra coisa, visto que a insegurança escolar está presente no dia a dia dos alunos, professores e funcionários. Isso ocorre em virtude da falta de uma gestão adequada e a ausência da participação da família na vida escolar.
Diante desse cenário, existe a falta de uma gestão adequada e eficiente nos colégios. E necessário destacar que em diversos momentos os diretores e gestores das instituições de ensino não sabem como resolver os problemas dos colégios e não sabem como administrá-los, deixando assim a segurança desejar. Sob esse viés, as escolas de modo irresponsável acabam permitindo a entrada de pessoas estranhas no colégio ou muitas vezes até invadindo, por conta de uma má direção e também o fácil acesso dos colégios, que diversas vezes são facilitados devido aos baixos muros e a falta de um porteiro. Dessa forma, é notório que as consequências dessas situações são graves e alarmantes.
Além disso, outro grande desafio para garantir que a escola seja um ambiente seguro, é a ausência da participação dos familiares na vida escolar dos alunos. Nesse contexto, muitos dos pais e responsáveis não procuram saber, e não se interessam sobre a vida escolar é pessoal dos seus filhos. O bullying e o cyberbullying ainda são problemas presentes no ambiente escolar, diversas crianças e adolescentes acabam sofrendo esse tipo de ataque, e sem o acompanhamento do colégio e o apoio dos pais eles acabam sentido a necessidade de resolver por si próprio, com uma vontade de vingança e justiça. Isso acaba ocasionando para o surgimento de ataques e massacres organizados, por esses estudantes ou até mesmos ex estudantes. A exemplo disso, há o Massacre de Realengo, no Rio de Janeiro em que o atirador sofria bullying.
Portanto, é imprescindível atuar sobre esse problema. Para isso, o Poder Público deve investir na melhoria da infraestrutura dos colégios e na contratação de porteiros, a fim de combater os ataques e invasões. Tal ação ainda deve contar com o apoio das instituições de ensino para a contratação de psicólogos e a criação de discussões em grupo, por meio de palestras com o auxílio dos psicólogos. Dessa forma, será possível que os alunos, professores e funcionários se sintam seguros e o medo e insegurança não sejam mais um empecilho no ensino.