Nos últimos 20 anos vimos uma absurda evolução na tecnologia e também no meio de vida das pessoas, não apenas adultos, mas também as crianças.
Primeiro, o encontro para as brincadeiras infantis deixou de ser na rua e mudou-se para as LanHouses, em seguida vieram os smartphones descartando totalmente a necessidade de deslocamento até a LanHouse mais próxima.

Com isso, as crianças nascidas na última década dificilmente desejam brincar na rua, visto que o colega vizinho está ainda mais próximo: apenas 1 clique de distância.
Não é mais necessário que haja o dono da bola, e, sim, o dono da rede Wi-Fi. A desnecessidade de sair do conforto do lar para se divertir e interagir com os amigos além de praticidade, trouxe a consequência do sedentarismo. E junto com ele, a obesidade.

O gráfico da Obesidade Infantil subiu sem limite desde a última década, os números dobraram: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) uma em cada três crianças, com idades entre 5 e 10 anos, estão acima do peso.
Isto se tornou um fator tão preocupante, que agora é comum vermos jogos de smartphones pedirem ao jogador que esteja fora de casa para ser aproveitado da forma correta; como é o caso do jogo 'Pokémon Go', em que para que se atinja os objetivos necessita-se passear pelo bairro e até caminhar uma determinada quantidade de tempo.

O que pode-se fazer a fim de reduzir esses números preocupantes é não restringir a atenção das crianças apenas às telas. Precisamos de incentivos a prática de esportes e atividades ao ar livre, e isso pode ser implementado tanto pelo Estado: Mais parques e brinquedos em praças, locais mais seguros para a realização de atividades físicas como caminhada e corrida, e acesso grátis às Artes Marciais.
Quanto pelos pais: levar os filhos a um passeio ao ar livre mais vezes na semana, praticar esportes junto aos filhos, e dar mais tempo de qualidade para as crianças; não deixando com que fiquem o dia todo se entretendo pela tela de um celular ou videogame, mas, sim, pelo calor humano.