O filme "Uma história de amor e fúria", animação brasileira indicada ao Oscar, retrata um futuro distópico no qual a escassez de água tornou-a um bem de valor imensurável, sendo utilizada como moeda de troca, e tornando-se o motivo pelo qual vidas poderiam ser ceifadas. Podemos relacionar a obra à nossa realidade, pois, nela o uso desenfreado e cego de um recurso natural, ocasionado pelo desequilíbrio entre consumo e sustentabilidade, trouxe grandes riscos à humanidade.
Indubitavelmente, num mundo consumista, onde somos ensinados desde o berço que valemos aquilo que compramos ,e, onde cada vez menos as coisas são feitas para durar, afinal, a roda do capitalismo precisa continuar girando, a sustentabilidade será sempre deixada em segundo plano, quiçá, nem será debatida.
Ademais, somos cercados pelas falsas sensações de controle e superiodade, tipicamente humanas, que nos cegam ao ponto de não vermos que não temos domínio algum sobre nossos recursos naturais, que são extraídos de forma nem um pouco ecológica, resultando, mesmo que não imediatamente, na sua sua falta.
Segundo o escritor Victor Hugo "Primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio homem. Agora é necessário civilizar o homem em relação a natureza e aos animais". Portanto, para que consigamos resolver tal problemática, se faz necessária uma conscientização por meio de campanhas, sejam televisivas ou por outro meio de comunicação, além da criação de normas as quais reprimam tais comportamentos e, até mesmo, um incentivo àqueles que cumprem com tais normas, podendo ser de cunho financeiro ou não. 050