No livro "A cidade do sol" é representada uma sociedade perfeita e isenta de conflitos. Em contrapartida, não é o que se observa na realidade hodierna brasileira, visto que o trabalho de cuidado realizado pela mulher enfrenta barreiras, as quais dificultam a concretização exposta no livro. Diante dessa conjuntura, torna-se indispensável a discussão desses aspectos.
Primordialmente, é importante pontuar a negligência estatal como promotor do problema. Nesse sentido, de acordo com o filósofo Thomas Hobbes é dever do Estado proporcionar progresso e o bem-estar para todos, contudo, não é o que ocorre no cenário atual, uma vez que a invisibilidade do trabalho realizado pela mulher deriva da baixa atuação dos setores governamentais que tem como função dar apoio social a toda população. Logo, tudo isso retarda a resolução desse entrave e deve ser resolvido.
Outrossim, é crucial destacar o silenciamento como fator desse drama. Todavia, ressalta-se que enquanto não haver pautas que evidêncie o entrave, ele permanecerá inserido no corpo social. Nessa linha de raciocínio, segundo a teoria "Banalidade do mal" de Hannah Arendt, a qual diz que um certo problema é normalizado na sociedade, e por isso continua instalado e invisível. Assim, faz-se mister a reformulação desse contratempo.
Depreende-se, portanto, que para amenizar esse drama é imprescindível que o Governo federal juntamento com o poder legislativo, haja na criação de leis, por meio de pautas, debates e campanhas para banir de vez esse empecilho. Com essas medidas em prática, a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher será apenas um marco na sociedade, com isso, poderá se concretizar a uma sociedade perfeita expressada no livro "A cidade do sol”.