Em 132 anos, desde que o Brasil se tornou uma república, apenas um homem preto ocupou o cargo de presidente. Este fato demonstra que a falta de instruções sobre a representatividade negra nas redes de ensino criou um desfalque no combate ao racismo.

Dados do IBGE confirmam que 55% da população brasileira é formada de pessoas negras, mas apenas 30% ocupam cargos de gerência e 24% cargos na câmara dos deputados. O racismo ainda persiste enraizado na sociedade, tanto em a palavra “negro” ainda ser referida por conotações ruins, quanto na diferença no percentual entre brancos e pretos mortos em ações policiais. Pesquisas realizadas pelo IFES apontam que, ao ser pedido um autorretrato em uma sala de aula onde os alunos são majoritariamente negros, as crianças utilizaram a cor salmão, identificando-a como “cor de pele” para se desenharem.

O descaso governamental sobre a importância de aprofundamento de ensinos de combate ao racismo nas instituições brasileiras é um dos empecilhos para um futuro menos racista. Além de serem baixas as preocupações com a falta de negros ocupando cargos de igual importância para a sociedade, devido ao governo majoritariamente branco não ter este assunto como uma de suas prioridades.

É de extrema importância a implantação de profissionais negros com o intuito de instruir sobre o movimento negro nas escolas em todo o país, além de ser considerado o aprofundamento obrigatório do assunto em instituições empresariais e em rede nacional, mobilizando programas infantis instrutivos e debates diários na programação aberta.