TEXTO I
Concentração de renda é uma expressão que descreve um processo de acumulação de renda por parte de uma coletividade, país ou mesmo conjunto de países, em detrimento do restante do grupo. É geralmente utilizada para descrever as desigualdades encontradas no Brasil ou mesmo no mundo inteiro, com referência à disparidade entre países ricos e pobres.
A concentração de renda pode ser mensurada de diversas formas. Geralmente, ela é deduzida somando-se a riqueza captada pelos países mais ricos. O número é então comparado com a soma da riqueza acumulada pelos países mais pobres. Assim, os números obtidos pelos 10% mais ricos e 10% mais pobres são confrontados, e quanto maior o contraste entre os resultados, diremos que maior será a concentração de renda por parte dos mais ricos. Esta é uma forma bem simples de estabelecer este conceito. Na verdade, existem métodos bastante conhecidos para aferir a concentração de renda: os dois mais conhecidos são o Coeficiente de Gini e o Índice de Theil.
TEXTO II
TEXTO III
Mais da metade da fortuna do mundo ficará nas mãos de apenas 1% da população mundial no ano que vem. É o que sugere um levantamento da organização não-governamental britânica Oxfam.
De acordo com o estudo, os recursos dessa pequena parcela da população mais rica vêm crescendo nos últimos anos. Em 2009, ela detinha 44% da riqueza do planeta. Em 2014, 48%. Se o ritmo for mantido, no ano que vem, serão 50% e em 2020, 54%.
O estudo da ONG foi divulgado aproveitando o timing do encontro em Davos, na Suíça, que reúne líderes políticos e econômicos do mundo.
A entidade sugere medidas para frear essa tendência de concentração da renda, como a diminuição da evasão fiscal por grandes empresas. Segundo a Oxfam, a explosão da desigualdade prejudica a luta contra a pobreza. Uma em cada nove pessoas não tem o que comer e mais de um bilhão ainda vivem com menos de US$ 1,25 por dia.