- 25 Fev 2023, 02:28
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A renomada psiquiatra Nise da Silveira foi a pioneira em tratamentos humanizados para pessoas com transtornos psicológicos, indo totalmente contra a comunidade médica de sua época. No contexto atual ao qual vivemos, muitas pessoas acometidas pelas tais patologias psicológicas, ainda sofrem com os preconceitos e estigmas criados pela falta de informação correta sobre o assunto, e pela banalização com tratamentos menos importantes em relação às demais doenças. Dessa forma, é imperioso que essa chaga social seja resolvida, a fim de se solucionar essa problemática que assola a população.
Diante disso, acerca da lógica referente aos transtornos mentais, é válido retomar os estigmas criados pela ignorância. Sob essa ótica, no filme estadunidense “coringa”, Arthur Fleck, personagem principal, sofre de um transtorno mental que o faz ter episódios de riso exagerado e descontrolado em público, motivo pelo qual é frequentemente atacado nas ruas. Em consonância com a realidade vivenciada por arthur, está a realidade de muitos brasileiros, visto que uma parcela significativa da população lida com algum problema mental, e muitas informações ainda são propagadas de forma incorreta sobre este tema. Esse fato fomenta a ideia de que esses indivíduos são incapazes de conviver em sociedade. Sendo assim, a ignorância contribui para a criação de preconceitos e estigmas e prejudica o coletivo.
Ademais, a falta de representatividade nas mídias sociais favorece o preconceito e a banalização com que são tratadas pessoas com distúrbios psicológicos. No filme “Por lugares incríveis”, o personagem Finch, um dos protagonistas, esconde de todos seus problemas psicológicos e, consequentemente, a necessidade de pedir ajuda. Por trás da ficção não é diferente, visto que na contemporaneidade as doenças e demais patologias psicológicas são banalizadas e, muitas das vezes, tratadas com descaso. Dito isto, é evidente que a falta de notoriedade pode causar problemas irreversíveis aos doentes.
Portanto, faz-se necessário que a mídia juntamente com o ministério de comunicações informe a população a respeito dessas doenças e sobre como conviver com pessoas portadoras em harmonia e de forma dinâmica,
por meio de comerciais e debates televisivos, tudo afim de formar cidadãos informados corretamente. Paralelamente à isso, o Estado deve incentivar a representatividade de pessoas com transtornos mentais nas artes, por intermédio de incentivos monetários para produzir obras sobre a temática. Ademais, o ministério da saúde deve disponibilizar suporte gratuito aos enfermos, através de projetos que atendam a população com a finalidade de democratizar o serviço psíquico a todos. Assim, seremos uma civilização mais educada e estigmas contra indivíduos com patologias mentais não existirão.