- 11 Out 2022, 20:11
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HIV (síndrome da imunodeficência humana) é um problema de saúde que afeta o sistema imunológico do indivíduo acarretando no aparecimento de outras doenças. Mesmo após 40 anos do início da epidemia do HIV, elevados níveis de discriminação e preconceito com esse grupo social persistem assustadoramente. Inegavelmente, essa persistência nociva agrava ainda mais consequências tóxicas como: exclusão generalizada desses indivíduos, banalização da doença - ocasionando em descaso com um problema importante de ser combatido e conhecido -, entre outros. Nesse sentido, torna-se imprescindível o desmembramento do estigma designado a essa doença.
Em primeiro lugar, o direcionamento de ódio e aversão a esse grupo está diretamente ligado a falta de informações sobre o assunto. Segundo estudos realizados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), as atitudes estigmatizantes e discriminatórias são alimentadas por uma falta de conhecimento sobre a transmissão do HIV. Infelizmente, no estudo, apenas uma em cada duas pessoas sabia que o HIV não pode ser transmitido pelo uso compartilhado de um banheiro e apenas uma em cada quatro pessoas respondeu corretamente às perguntas sobre a forma de transmissão do HIV. Diante disso, o aprofundamento da falta de informação permite os mitos e conceitos errados persistem, contribuindo para o estigma e a discriminação.
Outrossim, esse estigma pode gerar a banalização da doença. Nesse sentido, quando se expande um preconceito a cerca de um assunto, não é incomum que ao longo do tempo ele se torne um assunto banal, vulgar, comum. Esse cenário ocorre com o HIV e suas consequências, em longo prazo, excluem profundamente os indivíduos acometidos pelo vírus. Além dessa exclusão gerada por essa banalização, se tem um processo de periferização do assunto, o que ocasiona em um descaso com o assunto, deixando o constantemente de lado, não dando a devida importância.
Em suma, medidas precisam ser tomadas para neutralizar esse cenário entrópico na sociedade brasileira. Em primeiro plano, é dever do Ministério da Educação, em parceria com as mídias sociais, desenvolver palestras educativas semestrais sobre a temática, visando alcançar alunos das escolas tanto públicas como privadas. Essas palestras serão ministradas por especialistas no tema e objetivarão conscientizar os jovens - o futuro do país - sobre como descontruir esse estigma enraizado na sociedade. Além disso, esses momentos serão feitos tanto em forma presencial como online, sendo abertos para o público de fora do ambiente escolar, visando aumentar a informação populacional sobre a temática.