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Por francis
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TEXTO I
Números sobre jovens, escolha profissional e mercado de trabalho
9% dos estudantes do ensino médio no Brasil estão matriculados em programas vocacionais. Em países como França, Portugal e China a média é de 41% — relatório Education at a Glance (2018), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

39% dos empregos almejados por jovens de 15 anos no mundo correm risco de serem automatizados dentro de 10 a 15 anos. — relatório “Emprego dos Sonhos” (2020), da OCDE, com dados de 2018 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA).

59% dos estudantes do nível superior desistiram dos cursos entre 2010 e 2019 no Brasil — Censo da Educação Superior 2019, do Ministério da Educação (MEC).

66,70% dos jovens de 15 a 28 anos afirmam que os pais deram liberdade para fazer a escolha profissional — Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), 2019.

4 a cada 10 jovens no Brasil estão buscando trabalho pela primeira vez durante a pandemia de Covid-19 — Pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus, 2021.

5% dos jovens brasileiros não estava buscando trabalho na pandemia por não saber em que área pretende trabalhar — Pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus, 2021.

5 em cada 10 formados entre 2019 e 2020 estão desempregados e quase 30% deles desempregados há mais de um ano — Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube).

Aspectos que dificultam escolha profissional do jovem
Emocional: jovens se deparam com sentimentos múltiplos na hora de pensar em qual carreira seguir. As dúvidas são muitas: Onde eu me encaixo? O que eu gosto de fazer? Quais são minhas habilidades? Falta de preparo e de motivação, indecisão e expectativas irracionais também são fatores dificultantes, além da falta de informação sobre profissões e mercado. Existe ainda a expectativa e/ou pressão da família e os anseios sobre o retorno econômico da carreira escolhida.

Social: a discussão sobre escolha profissional não costuma ser prioridade para jovens de condições socioeconômicas mais vulneráveis, que muitas vezes acabam tendo de trabalhar desde cedo para ajudar em casa, são limitados aos empregos informais ou terminam sendo pais na adolescência.
Fontes: Luísa Holanda (UFC), Gílian Brito (Uece) e Raquel Coelho (UFC)
TEXTO II
Análises: como a pandemia de Covid-19 impactou na escolha profissional dos jovens?
“Muitos adolescentes passam por um momento maior de desestímulos e falta de capacidade de acreditar no futuro, o que é compreensível diante do cenário da pandemia de Covid-19, principalmente no âmbito econômico que influencia diretamente na vida desses jovens. Muitos sentem que não podem perder mais tempo e precisam tomar decisões corretas, aumentando assim, sentimentos de auto cobrança e de insuficiência perante decisões complexas”, avalia a psicóloga Luísa Holanda, mestranda pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e membro do projeto "Pensando caminhos, construindo profissões", vinculado ao Laboratório em Psicologia, Subjetividade e Sociedade (Lapsus) da UFC.


“A pandemia trouxe algo bastante sério que foi o número de jovens não só em condição de desemprego, mas também numa condição em que não acredita na possibilidade de se inserir no mercado. São pessoas que estão com o sentimento de descrédito sobre as suas potencialidades, e realmente nem vão de tentar se inserir porque acreditam que vai ser um esforço em vão. Isso é bastante sério pra juventude”, analisa a professora Raquel Nascimento Coelho, docente de Psicologia do Trabalho na UFC.

Como ajudar os jovens nas escolhas profissionais
Família: garantir uma rede de apoio é indispensável para que o jovem se sinta acolhido no momento de pensar e conversar sobre seus planos futuros. Uma aproximação da escuta e orientação mais próxima permite criar um ambiente de amparo adequado para fornecer segurança e auxílio aos jovens.

Escola: a escola pode colaborar sendo um espaço de informações e direcionamentos, pensando na realização de eventos e discussões sobre escolhas profissionais jovens e ajudando, assim, no planejamento a longo prazo dos jovens. Também é importante proporcionar o apoio psicológico e pedagógico adequado para que o jovem possa desenvolver melhor uma autopercepção de suas necessidades individuais, identificações e aptidões. É fundamental que os alunos saibam onde buscar informações de qualidade sobre os mercados almejados.

Governo: é importante promover políticas públicas para orientação do trabalho ao longo da formação escolar de modo que a escolha profissional seja introduzida no planejamento de vida dos jovens. Em 2019, o Ministério da Educação lançou o programa "Novos Caminhos", que tem como uma de suas metas preparar 40 mil docentes da rede pública até 2022, com aulas sobre atualização tecnológica (indústria 4.0), técnicas pedagógicas voltadas para a educação profissional, empreendedorismo e orientação profissional e vocacional.
Fontes: Luísa Holanda (UFC), Gílian Brito (Uece) e Raquel Coelho (UFC)
TEXTO III
Reflexões sobre orientação vocacional
“Uma orientação de carreira eficaz incentiva os estudantes a refletir sobre quem eles são e quem eles querem ser, e a pensar criticamente sobre os relacionamentos entre suas escolhas educacionais e sua futura vida econômica.” — Andreas Schleicher, diretor de educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no relatório Emprego dos Sonhos (2020)

“Boa parte das pessoas hoje deseja encontrar no emprego algo que ultrapasse o mero ganho salarial. Há uma busca por ser reconhecido, por ser valorizado pelo que se faz. Não quero que meu esforço seja desperdiçado ou inútil.” — Mário Sérgio Cortella, filósofo e professor, no livro “Por que fazemos o que fazemos? (2016)

Mais informações:
https://www.opovo.com.br/noticias/ceara ... idade.html

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Por lhersilvaas
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#104069
A Constituição Federal de 1988, diz que todos tem direito ao trabalho e proteção ao desemprego. Entretanto, percebe-se que a dificuldade dos jovens na escolha profissional na contemporaneidade, vem contra o que a Constituição pressupõe. Assim seja pela evasão escolar, seja pela rigorosa exigência de experiência profissional, a escolha profissional dessas pessoas representa uma falha nacional que precisa ser revertida na hodierna nação verde e amarela.

Em primeira análise, faz-se necessário entender a evasão estudantil como principal potêncializadora dessa conjuntura. Isso porque vários jovens adolescentes e crianças abandonam a escola por terem que entrar no meio laboral precocemente para ajudar no sustento de casa. Segundo Nelson Mandela ex-presidente da África do Sul, a educação é a arma mais poderosa que você pode susar para mudar o mundo. Entretanto, a evasão escolar no Brasil mostra que o pensamento de Mandela se mantém apenas na teoria e dificulta a existência no cenário brasileiro. Consequentemente vários jovens tem suas escolhas profissionais modificadas aumentando a possibilidade da criminalidade crescer.

Além disso, cabe ressaltar as exigências de qualificação profissional como algo que reforça ainda mais esse impasse. isso porque as poucas oportunidades que surgem, requer conhecimento prático para determinadas áreas. Na música " Até quando?", Do cantor Gabriel Pensador diz: procuro trabalho, quero trabalhar, o cara me pede diploma, não tenho diploma, não puder estudar, querem que eu ande arrumando e que eu saiba falar. Aquilo que o mundo me pede não é o mundo que me dar. No entanto, é notório que essa música assemelha-se a realidade enfrentada por muitos jovens que não conseguem emprego no Brasil. Consequentemente, essa problemática favorece o aumento do desemprego no país.

Portanto, infere-se, que medidas precisam ser tomadas para minimizar o a dificuldade na escolha profissional dos jovens brasileiros. Sendo assim cabe ao Governo Federal, junto Ministério do Trabalho, principal órgão do âmbito laboral, elaborarem políticas públicas para que a sociedade juvenil possa ter um trabalho digno. Tal iniciativa poder ser feita através de criação de novas leis, que proíbam tantas exigências e experiência profissional, e que valorizem mais as competências. Somente assim, oque a Constituição pressupõe, seria algo visto em prática.
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