TEXTO I
TEXTO II
O lateral baiano Daniel Alves, do Barcelona, participou de duas jogadas que garantiram a vitória do time contra o Villarreal neste domingo, pelo Campeonato Espanhol. Porém, o bom desempenho foi acompanhado de ofensas por parte da torcida adversária, que jogou bananas em direção ao jogador. Alves, em vez de mostrar descontentamento, respondeu ao insulto de maneira inusitada: ao se preparar para cobrar um escanteio, o jogador se abaixou, pegou uma das bananas e comeu. Em seguida, fez a cobrança e continuou jogando como se nada tivesse acontecido. Neste domingo, o Barcelona ganhou de 3 a 2 sobre o Villarreal. Após o jogo, Daniel Alves comentou a recorrente provocação racista: “Estou na Espanha há 11 anos e há 11 anos é dessa maneira. Temos de rir dessa gente atrasada”. No fim de março, torcedores do clube catalão Espanyol emitiram sons imitando macacos e jogaram uma casca de banana no campo, como forma de desestabilizar os jogadores brasileiros Neymar e Daniel Alves. A investida desleal também não surtiu efeito: a partida foi vencida pelo Barça no estádio do time adversário.”
TEXTO III
TEXTO IV
A exemplo do tráfico de drogas e dos assassinatos, a rivalidade entre torcidas organizadas tem provocado um resultado nefasto em todo o Brasil. A intolerância entre os membros dessas facções, aliada a outros delitos como tráfico de drogas e roubos, têm resultado em uma onda de violência nos últimos anos que parece não ter fim. Levantamento feito pelo Diário do Nordeste, na semana passada, mostra que, em cinco anos, cerca de 20 pessoas, a maioria jovens e adolescentes, foram mortos em Fortaleza em decorrência deste motivo.
“Na verdade, não são torcedores, são marginais infiltrados dentro dessas torcidas organizadas, onde, já ficou constatado, há muitas pessoas envolvidas em tráfico de drogas, assaltos, roubo de carros e outros delitos”, explica o delegado Jairo Façanha Pequeno, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Segundo ele, o caso ocorrido no domingo, dia 14, ainda está sob investigação, e, pelo menos, duas pessoas apontadas como suspeitas do caso já foram detidas, uma delas, minutos depois do crime que teve como vítimas Glauber de Sousa Damasceno, 30; e Felipe Mesquita de Matos. “Eles (as vítimas) foram mortos com tiros na cabeça, é possível que os motivos desses crimes sejam outros já que há características de uma execução sumária, pois foram tiros na cabeça”.
Conforme o levantamento feito pela Reportagem, os assassinatos entre torcedores rivais vêm se arrastando ao longo dos anos. Em 13 de agosto de 2008, o adolescente Jéfferson Cabral da Silva, 17 anos, foi morto dentro de um ônibus que, transportava de volta para o Rio Grande do Norte torcedores do América de Natal, cujo time tinha havia jogado, em Fortaleza, contra o Ceará Sporting. O crime ocorreu quando o coletivo, que trafegava pela CE-040, em Aquiraz, foi interceptado por um carro onde estavam os atiradores. Somente em 2008, foram seis pessoas mortas na Grande Fortaleza em decorrência da rivalidade de torcidas. Em 2012, mais 12 mortos, conforme registros da Polícia e da Imprensa.