O preconceito linguístico é uma problemática presente em nossa sociedade, mas que muitas vezes passa despercebida. Trata-se da desvalorização e do julgamento de determinadas variedades linguísticas, principalmente aquelas associadas a grupos sociais marginalizados. Esse tipo de preconceito ocorre quando uma pessoa é discriminada e menosprezada devido à forma como fala e se expressa.

Na atual sociedade, a linguagem considerada culta é tida como superior, já as variantes regionais são vistas como feias e incorretas. Além disso, o preconceito linguístico está diretamente relacionado à questão social, uma vez que a variedade linguística de determinados grupos é associada à pobreza, falta de educação ou marginalização social. Isso resulta em uma exclusão entre diferentes grupos sociais, reforçando as desigualdades.

É importante ressaltar que todas as variedades linguísticas são válidas e merecem respeito. Não existe linguagem inferior ou superior, apenas formas diferentes de expressão. A língua é um organismo vivo, em constante transformação, e cada comunidade possui sua forma particular de se expressar. Negar a diversidade linguística é negar a própria cultura e história de um povo.

Para combater o preconceito linguístico, é necessário promover a valorização de todas as variantes linguísticas. É preciso ensinar a reconhecer a norma culta, sem excluir as demais formas de falar. O sistema educacional deve reconhecer e respeitar a diversidade linguística, evitando perpetuar estereótipos e preconceitos.