O livro "Preconceito linguístico" de Marcos Bagno retrata que cada linguagem tem sua própria característica e por estigmas são consideradas inferiores. Com essa abordagem, a obra revela que a falta de consciência quanto à tais preconceitos. Atualmente, muitos brasileiros enfrentam esse tipo de agressão, o que resulta em uma desigualdade linguística e para a resistência do estigma relacionado ao linguisticismo. Dessa forma, por causa da imposição de uma norma linguística padrão, além dos estereótipos associados, essas consequências se agravam na sociedade brasileira.

Em primeiro lugar, a imposição de uma língua padrão é um dos fatores que colaboram com esse crime. Nessa perspectiva, a população é influenciada por tal padrão linguístico imposto por intuições de ensino que a utilizam como referência para a aprendizagem da língua. Dessa maneira, parte da sociedade nega qualquer outra forma de linguagem. No entanto, apesar da Constituição Federal de 1988 estabelecer princípios e direitos aplicados no combate à discriminação linguística, a falta de leis concretas atrapalha na diminuição dessa intolerância. Diante dos fatos apresentados, é imprescindível a conscientização das pessoas para mudar essa realidade.

Nota-se, outrossim, que os estereótipos são outra problemática em relação ao estigma acerca do preconceito linguístico. Nesse aspecto, devido ao limitado conhecimento sobre a diversidade de línguas, a sociedade leva pensamentos negativos, onde as pessoas consideram certas formas de falar como erradas ou inferiores. Desse modo, assim como é retratado no livro "Língua e liberdade" de Paulo Freire, no qual mostra que a discriminação linguística está enraizada em estruturas sociais e culturais, perpetuando a marginalização de determinados grupos sociais com base na sua forma de falar. Mediante o fato, constata-se a carência da valorização da diversidade.

Portanto, faz-se necessário pensar em algumas soluções para amenizar o problema discutido. Diante disso, a mídia deve incentivar à autoestima linguística, ajudar os cidadãos a desenvolverem um pensamento positivo em relação à sua própria forma de falar. Para tal, a imprensa deve promover a representação diversificada de línguas e sotaques na mídia, publicidade e entrenimento. Mediante essas ações concretas, somente ao abraçarmos a riqueza e a variedade de línguas e dialetos, poderemos construir uma sociedade inclusiva.