Diante desse cenário, é válido destacar a negligência estatal como fomentadora da adversidade. Sob essa lógica, Thomas Hobbes, filósofo inglês, defendia que é dever do Estado proporcionar meios que auxiliem o progresso de toda a coletividade. Tal concepção, não se aplica à conjuntura hodierna, uma vez que as autoridades governamentais não medem esforços para criar ações que resolveriam os problemas em torno da discriminação linguística, como a criação de projetos sociais que visam diminuir esse preconceito, para que as pessoas vítimas do assédio linguístico não desenvolvam problemas psicológicos, a exemplo de palestras relacionadas ao assunto e a inserção da língua "errada" em
programas de televisão, não somente com uma visão esteriotipada. Essa negligência, portanto, promove a permanência do revés.
Outrossim, pontua-se a disparidade econômica como influente no problema. A esse respeito, o escritor Ariano Suassuna defende a existência de uma injustiça secular capaz de dividir a sociedade brasiliana em duas vertentes: a dos favorecidos e a dos despossuídos. Sob essa lógica, a parcela populacional que se encontra no grupo desfavorecido não é detentora de poder aquisitivo que permita o acesso igualitário da educação no Brasil, o que, por fim, ocasiona um desconhecimento da norma culta da língua portuguesa e, sobretudo, a discriminação desses indivíduos, em razão de não falarem a língua "correta", podendo assim, desenvolverem um medo de se expressar. Dessa forma, enquanto a desigualdade secular existir, o imbróglio continuará a afligir o Brasil.
Portanto, é necessário superar a gênese do preconceito linguístico no Brasil. Para tanto, cabe ao Governo — garantidor dos direitos fundamentais da população — criar palestras, mediante verbas governamentais, a fim de sensibilizar a sociedade sobre os problemas que esse assédio linguístico pode causar. Ademais, cabe ao Ministério da Educação, mediante aulas interdisciplinares, conscientizar a população sobre as demais formas de falar a língua portuguesa. Assim, torna-se-á possível a construção de uma sociedade permeada pela efetivação dos elementos elencados na "Carta Magma".
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada