A Constituição Federal de 1988 explicita, em seu artigo primeiro, o princípio fundamental da Dignidade da Pessoa Humana, que deve ser praticado de forma universal. Porém, tal ideal encontra problemas ao ser inserido no mundo real, frutos do preconceito linguístico tatuado na sociedade brasileira e que impede que determinadas pessoas vivam uma vida com o mínimo de respeito.
É evidente que o citado problema tem crescido de forma exponencial, e se tornado algo normal, deixando, assim, de ser uma causa reconhecida. Na série Todo Mundo Odeia o Chris, o personagem principal é constantemente alvo de insultos e ofensas em decorrência de sua cor negra. De fato, essa depravação social é comparável ao preconceito em vista da língua, haja vista que ele corrói a felicidade da vítima, que inevitavelmente se sente inferior ao agressor.
Ao mesmo tempo em que o preconceito linguístico priva os oprimidos de uma vida pacata, resulta em diversas outras adversidades de natureza econômica e social. Na série de animação japonesa 86, um grupo de pessoas é segregado da sociedade, em decorrência de suas características físicas julgadas como inferiores e defeituosas. Do mesmo modo, o preconceito linguístico impede que os oprimidos cresçam economicamente e possam se estabilizar, destinando-os a estarem para sempre às margens da sociedade moderna.
Nesse sentido, essa forma de opressão representa um grave ponto que deve ser amplamente combatido. Portanto, cabe, primeiramente, ao Ministério Público e á Justiça Brasileira punir os agressores e implementar normas que possam individualizar o problema, de modo que cada vítima possa ser atendida. Além disso, é necessária uma conscientização geral e popular, que mostre a seriedade da situação, suas consequências e decorrências na realidade social, para que a raiz do problema possa ser combatida.