Facebook. WhatsApp. Instagram. Twitter. Tiktok. Netflix. A lista de aplicativos para aparelhos eletrônicos vinculados à ‘internet’ torna-se cada vez maior, e, juntamente a ela, crescem também os bancos de dados que armazenam os materiais coletados na criação de contas para a utilização dos sistemas. De fato, a otimização do tempo, a diversão e a praticidade proporcionadas são uma ótima opção para a rotina agitada do século XXI. Em contrapartida, as consequências dessa exposição deliberada aos meios digitais são graves, como o vazamento de informações pessoais, o contato com as notícias falsas, e a dependência e/ou limitação do senso crítico causada pelo uso exacerbado da rede.

De acordo com o escritor e jornalista George Orwell, o futuro seria representado por um coturno prensando um rosto humano. Não distando da realidade, atualmente esse coturno é calçado por desenvolvedores de algoritmos programados para manter o usuário conectado pelo maior tempo possível através de estímulos que se comunicam com o sistema nervoso central, proporcionando um aumento da liberação do hormônio responsável pela sensação de prazer ao deparar-se com a rede manipulada de acordo com suas buscas em outras plataformas. Dessa forma, grandes nomes da programação como Mark Zuckerberg criam uma legião de dependentes de suas aplicações.

Concomitante a essa massiva subordinação digital, o isolamento social instalado nos anos de 2020 e 2021 contribuiu tanto para o agravamento dessa problemática quanto para o aumento de circulação das notícias falsas. Meios de combate à doença como o uso de máscaras e a vacinação foram comprometidos por conta da divulgação de mentiras que visavam assustar a população e evitar o cumprimento das medidas de prevenção ao Corona Vírus.

Mediante ao exposto, percebe-se que as adversidades fomentadas pelo emprego inadequado das redes sociais e pela manipulação de dados estão intrinsecamente ligados à carência de informações sobre a questão e de regulamentações voltadas a este âmbito. Portanto, é imprescindível a tomada de ações por parte do Ministério das Comunicações e do Poder Legislativo, sendo o primeiro através da criação de campanhas para a conscientização e educação dos internautas, visando um bom uso das tecnologias da informação, e do segundo por meio da criação de leis que fiscalizem e imponham limites ao meio digital, garantindo a privacidade dos usuários. Dessa forma, teremos um bom proveito e mais segurança durante a navegação na ‘internet’.