A Central de Atendimento à Mulher (180) dedica-se 24 horas por dia à prestação de ajuda para mulheres vítimas de alguma violência. A ligação permite o encaminhamento do caso para a polícia para verificar o caso e a prisão do agressor. A agressão é desenvolvida aos poucos na sociedade por meio de relacionamentos com abusos psicológicos, por exemplo, e também devido ao modelo patriarcal difundido entre as pessoas.

Em primeiro lugar, o sistema patriarcal ensinado há séculos colabora para os perigos nos relacionamentos. Nos filmes sobre a pré-história é comum vermos homens lutando por uma mulher e o vitorioso arrastando-a pelos cabelos. Contemporaneamente, a essência continua a mesma: a mulher, muitas vezes, é prêmio a ser conquistado pelo homem. Dessa forma, a possessividade não inclui os sentimentos da companheira pois, mostrar aos outros que está comprometido é mais importante e por consequência, a naturalização da mulher como posse leva à desmoralização e diminuição da sua figura.

Ademais, o abuso psicológico é pouco identificado pela vítima nos estágios iniciais. A Lei Maria da Penha foi criada após a mulher de nome homônimo ter sido morta pelo companheiro. O fim trágico levou à conscientização de práticas abusivas disfarçadas de cuidados e amores, por exemplo "que tal cortar o seu cabelo mais curto e ficar 'ainda mais bonita'?" ou "você não pode usar essa roupa". Ou seja, falas desse gênero encobrem a liberdade pessoal e abalam a autoestima em "favor" aos gostos de outrem.

Em resumo, a periculosidade nos relacionamentos abusivos também são vistos naquilo que é enraizado na sociedade. Sendo assim, a família deve ensinar às crianças os cuidados necessários de ambas as partes, principalmente aos meninos para enaltecer a importância, liberdade e igualdade das mulheres através de conversas e atos de amor entre os seus pais de maneira respeitosa. Dessa forma, a sociedade crescerá em dignidade perante à figura feminina.

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