O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que, entre tantas características, causa antissocialidade e, inclusive, desenvolve hiperfocos. Infelizmente, no ambiente escolar, o público afetado por essa condição é segregacionado, já que, muitas vezes, não há a paciência necessária para saber lidar com as dificuldades de socialização vivenciadas pelos autistas, o que precisa ser combatido, pois eles ficam, de maneira excessiva, incomodados. Então, é crucial analisar as principais causas desse problema: o repúdio estabelecido pelo corpo escolar e o silenciamento da mídia.

Seguindo esse raciocínio, é importante retomar um dos responsáveis pela complicação: o preconceito do colégio. Isso ocorre, dado que, assim como foi demonstrado na série da Netflix “Atípico”, os estudantes, em várias ocasiões, discriminam o público autista por não ter, no momento de diálogo, a calma precisa, de modo a perturbá-lo. Nessa perspectiva, tal grosseria é, aliás, ampliada com o desconhecimento de outras figuras vitais nas escolas, como os professores e os funcionários, que, junto aos alunos, podem não saber lidar com o autista e, assim, sustentar esse impasse. O povo situacional, por conseguinte, é conturbado, o que é capaz de danificar o seu desempenho colegial e, também, outras possíveis interações sociais. Vê-se, portanto, o quão essencial é lutar contra essa hostilidade.

Tem-se, em sequência, outro fator que favorece a persistência do obstáculo: o não comparecimento midiático. Esse acontecimento é reparado, uma vez que, parecido ao que foi postulado pelo filósofo Herbert Marcuse, a mídia banaliza as problemáticas sociais e, dessa forma, aflige muitas pessoas. Nessa lógica, essa omissão da imprensa é intensificada com o rápido avanço do capitalismo na sua mentalidade, de forma que a procura por conteúdos financeiramente benéficos é utilizada em detrimento das causas mais indispensáveis para a coletividade, como o combate à segregação dos autistas. Consequentemente, sem o apoio dos veículos comunicativos, os transtornados perdem uma grande fonte de disseminação instrutiva, o que consegue aumentar a insipiência da população e, logo, perpetuar o desconforto em discussão. Dito isso, fica nítida a relevância da imprensa acerca da constância da contrariedade.

Reconhece-se, dessarte, ser primordial lutar contra a exclusão de que se fala. Para tanto, as maiores redes sociais do planeta, como o Google e o YouTube, têm de elaborar, aliadas às escolas de todo o mundo, campanhas informativas que objetivem dar assistência aos autistas, contando com instruções sobre como ajudá-los em um momento de dificuldade. Isso, que será feito por meio de verbas disponibilizadas pelos próprios setores econômicos das empresas, terá a finalidade de combater a segregação dos autistas, de maneira que o ocorrido em “Atípico” seja, apenas, uma ficção.