Ao analisar-se a persistência do racismo no Brasil, vê-se que o racismo está enraizado nesta sociedade, fazendo tal problemática se tornar um árduo desafio. Dentre outros fatores, esta persistência apresenta relação de âmbito cultural e social. Ademais, percebe-se o racismo como algo estrutural e socioeconômico.
Em primeira análise, observa-se o racismo estrutural na sociedade como uma grande causa de tal problema. A questão da persistência do racismo no Brasil tem origem na colonização portuguesa no Brasil em 1500, onde os portugueses passaram a exercer uma função de superioridade em relação aos nativos e posteriormente aos negros vindos da África em maior intensidade. Infelizmente esta relação de superioridade dos brancos em relação ao pretos se reverbera nos dias atuais.
Em segunda análise, tem-se a desigualdade socioeconômica como segunda causa para este problema. Tal situação socioeconômica dos negros teve início durante a "abolição" da escravatura em 1888, onde os negros escravos foram libertados de seus donos , entretanto não receberam nenhuma ajuda financeira do Estado, o que os fez começarem a habitar a área dos morros no Rio de Janeiro, surgindo então as favelas, que se reverbera até os dias atuais concentrando um grande número de pessoas negras com condições precárias de vida. Segundo Ariano Suassuna: " O que é muito difícil é você vencer a injustiça secular que dilacera o Brasil em dois Países: o País dos privilegiados e o País dos despossuídos" encaixando na situação do Brasil, onde o branco é privilegiado e o negro não tem privilégios, espelhando também a sociedade de tal população em 1888.
Portanto é de extrema importância combater esta persistência. Para isto, é imprescindível que o Governo Federal estabeleça palestras em escolas afim de ensinar a crianças e adolescentes a importância de não reproduzir o racismo, modifique aulas de história visando ensinar aos alunos a verdadeira história do Brasil e aumente cotas para pessoas negras terem cada vez mais acesso à educação e ao mercado de trabalho. Assim, estaremos vencendo a injustiça secular, tal como Ariano Suassuna afirma ser difícil.