Com o fim da Revolução Industrial no século XIX, deu-se início ao processo de industrialização das grandes potências e, junto a ele, o capitalismo assumiu o modo de produção a nível mundial, influenciando a população ao grande consumo. Desta forma, pode-se dizer que a exacerbada aquisição de bens decorre do capitalismo estruturado na atual sociedade, constantemente alimentado pelas mídias sociais e pela almejada ascensão de "status" social.
A princípio, conforme dados do Comitê Gestor de Internet do Brasil, o número de usuários das redes sociais obteve grande aumento durante a pandemia do coronavírus. Assim, elevou-se também o número de influenciadores dessas mídias, responsáveis por fazer publicidades para marcas, a fim de aumentar as vendas empresariais e, consequentemente, o consumo desnecessário de itens.
Ademais, o uso da internet colaborou para que cada vez mais fossem compartilhados estilos de vida luxuosos, esbanjando marcas de grife, mansões, carros do ano e assim por diante, fazendo com que o público deseje esse padrão e adquira itens que se assemelham aos visualizados, parcelando-os ou comprando piratarias, muitas das vezes de forma compulsiva. Além do mais, essa excessiva prática pode ser vista no filme "Toy Story", onde o protagonista tem o costume de comprar todos os brinquedos da tendência, acumulando os mais antigos em seu baú.
Dessarte, é notória a relação existente entre o exacerbado consumo, que advém do capitalismo estrutural, e os meios de comunicação digitais, que promovem essa prática. Assim, para que ocorra a busca do minimalismo para a construção do consumo consciente, é necessário que os órgãos legislativos promulguem leis firmes relacionadas às publicidades digitais, como por exemplo, a proibição de propagandas fora do horário comercial e a limitação de entrega diária de anúncios para os usuários, a fim de diminuir a compulsividade nas compras e promover a busca pelo minimalismo consciente.