"O importante não é viver, mas viver bem". De acordo com Platão, a importância agregada à qualidade de vida supera a da própria existência. Todavia, no Brasil, essa realidade se afasta da população afetada pela falta de saneamento básico. Desse modo, deve-se traçar estratégias a partir da atuação nas causas do problema: a falta de interesse do governo sobre essa infraestrutura e projetos mal elaborados.
Inicialmente, o descaso estatal com esse conjunto de serviços, principalmente em áreas mais pobres, mostra-se como um dos desafios à universalização do saneamento básico. Zygmund Bauman defende que "não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas". Contudo, não é possível verificar uma reação interventiva nessa questão, já que há a crença de que essas obras não trazem visibilidade política no país. São iniciadas em anos eleitorais e posteriormente abandonadas ou negligenciadas.
Em paralelo, a quantidade de projetos mal elaborados é um grande impasse na generalização do saneamento no Brasil. Cidades como Alcantil, na Paraíba, são exemplos de municípios que foram vítimas desses projetos de baixa qualidade técnica. Assim, sem atender pontos básicos, como índices pluviométricos e estrutura do solo, as consequências desses planejamentos são o atraso e a paralisação.
Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para mediar a problemática. Dessa maneira, cabe ao Governo Federal criar e melhorar programas, através de estudos de especialistas no assunto, a fim de democratizar o saneamento básico aos brasileiros. Tal ação pode, ainda, ser divulgada na televisão para atingir mais pessoas. Paralelamente, é preciso intervir sobre a omissão estatal presente no problema.