A urbanização e a expansão do Brasil por volta do século XVII causou o isolamento das áreas de destaque, essas acabaram não se desenvolvendo e ficando para trás na educação, por causa da falta de investimento. Essa diferença criou um problema da falta de manejo com a norma culta. Isso criou o estigma com as pessoas que não dominam as regras gramaticais, o que gera problemas, principalmente na vida profissional. Assim, mostra-se relevante pensar no preconceito linguístico na esfera profissional, uma vez que o mau uso da norma culta é uma construção social e a forma como é retratado pela mídia , configuram as maiores problemáticas desse cenário.

Inicialmente, segundo o sociólogo Marcos Bagno , esse mau uso da norma culta é resultado de problemas sociais, como a falta de escolaridade, causado pela insuficiência de investimentos na educação das cidades. Nesse contexto ,alguns precisam parar de estudar para auxiliar financeiramente a família, além da realidade socioeconômica que retira prioridade da educação. Então entende-se que a falta de domínio da norma culta está altamente ligado a situação socioeconômica, fatores que geram um estigma na sociedade.

Ademais, ressalta-se a forma como o mau uso da norma culta é retratada nos meios de comunicação de forma preconceituosa, segundo o linguista Marcos Bagno, no Brasil, é comum esse tipo de preconceito, já que a cultura é voltada somente para o sudeste, esses estigmas ainda se fazem muito presente no Brasil é no mercado de trabalho e são fortalecidos pelos meios de comunicação, todos esses estigmas acabam gerando na não contratação de pessoas que não dominam a norma culta. Sendo assim torna-se relevante pensar na sangria que esse estigma se tornou no Brasil.

Com o objetivo de diminuir o preconceito linguístico no mercado de trabalho, cabe ao Ministério da Educação combater a falta de escolaridade e disponibilizar mais recursos às cidades por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Assim também cabe ao Ministério da Economia disponibilizar mais recursos financeiros para combate das desigualdades sociais por meio da criação de novos impostos como o imposto sobre grandes fortunas. Ademais cabe aos meios de comunicação combater a forma tradicional que o preconceito hoje em dia é retratado. Por fim cabe à iniciativa privada combater qualquer preconceito linguístico dentro do mercado de trabalho. Somente assim esse problema será atenuado.