A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, diz que todos nascem iguais em dignidade e em direitos. Contudo, a persistência da violência contra a mulher na atual conjuntura social brasileira contrária essa afirmação, pois o problema fere a dignidade do indivíduo do sexo feminino. Tendo em vista, que, a desigualdade de gênero ainda está enraizada na sociedade brasileira, torna-se necessário o debate acerca dessa questão que está ligada não só à lenta mudança da mentalidade social como também à insuficiência legislativa.
Em primeira análise, é importante abordar que a mulher no passado era vista como objeto sexual e servil, não tendo os mesmos direitos que os homens . Os movimentos feministas, que ganharam força após a Revolução Francesa, conquistaram importantes mudanças nas estruturas sociais, entretanto o pensamento de superioridade masculina ainda está presente nos dias atuais, o que caracteriza um atraso para um país que se declara democrático.
Ademais, o lento e precário sistema judiciário dificulta a erradicação do problema. Para Aristóteles a base da sociedade é a justiça; porém a lentidão judiciária demonstra uma questão de injustiça, tendo em vista que a vítima fica exposta ao agressor que não foi julgado ainda, perpetuando assim, o ciclo de violência contra a mulher.
Portanto, é essencial medidas operantes para a reversão do quadro de desigualdade de gênero no país. Assim, cabe ao Ministério da Educação promover debates por meio de palestras dentro das instituições escolares, a fim de desconstruir o pensamento de inferioridade feminina. Além disso, é necessário que o poder público contrate mais funcionários da área judiciária, com o fito de tornar o processo mais dinâmico e acessível. Com isso, o Estado promoverá a igualdade de direitos e dignidade do cidadão.