O romance filosófico “utopia ”-criado pelo escritor inglês Thomas Morus no século XVI-retrata uma sociedade perfeita e idealizada, na qual a engrenagem social é altamente segura e desprovida de conflitos, tal obra fictícia mostra-se distante da realidade brasileira, uma vez que não ocorre o combate à pirataria na sociedade. Esse panorama lamentável ocorre não só em razão da omissão governamental, mas também pela desigualdade social. Desse modo, é fundamental a análise dessa conjuntura para reverter esse quadro.
Nessa linha de raciocínio, é primordial destacar que a negligência governamental contribui para a existência da problemática. Sob esse viés, o filósofo contratualista John Locke explica que o estado foi criado através de um pacto social para assegurar os direitos fundamentais dos indivíduos e proporcionar relações harmônicas. Todavia, é notório o rompimento desse contrato, visto que apesar de existir leis contra a pirataria, são brandas, posto que criminosos são presos por pouco tempo. Consequentemente isso propicia o aumento da criminalidade, pois esses infratores não sentem mais medo da punição.
Ademais é relevante entender como a desigualdade social corrobora para a permanência desse cenário. De acordo com o artigo 5° da constituição federal de 1988, todos são iguais perante a lei. Contudo, verifica-se uma realidade contrária em razão de que algumas pessoas conseguem entrar no ramo laboral mais facilmente que outras, o que gera o desemprego. Dessa maneira indivíduos que não conseguem emprego ficam sem alternativas e acabam entrando para o mercado ilegal.
Portanto, medidas estratégicas são necessárias para solucionar essa situação. Para que isso ocorra, o governo federal, responsável por administrar as verbas públicas, deve promover a criação de emprego, por meio dessas verbas à população dona de comércios que busquem contratar. Tal ação, deve ainda tirar algumas pessoas da venda de mercadorias ilegais.