Sob esse viés, é lícito postular a negligência estatal como impulsionador desse revés. No livro “o príncipe”, de Nicolau Maquiavel, para se manter no poder o governo deve operar com intuito o bem universal. No entanto, é notório que, no Brasil, a falta de projetos de reinserção de ex- condenados no meio social rompe com essa paridade, pois após o cumprimento da sentença os delituosos são repulsados na sociedade sem nenhum apoio ou auxílio, ocasionando uma dificuldade para sua reintrodução no mercado de trabalho, o que contribui para a marginalização e para um cenário caótico de indiferença e exclusão. Logo, é explícito que existem falhas na regência matricial que contribui para a continuação do óbice.
Outrossim, é válido ressaltar o preconceito e sua intrínseca relação com o problema. Durante o período escravagista brasileiro, alguns negros compravam sua alforria e eram libertos na sociedade, mas sofriam por estigmas associados ao seu passado os quais dificultavam a sua vivência no meio. De maneira análoga a esse acontecimento, no Brasil hodierno, observa-se semelhanças ao fato supracitado, posto que a ideia retrógrada de que “bandido sempre será bandido” potencializa o preconceito, pois ao ser liberto esses ex-detentos são considerados ameaças para sociedade, mesmo que tenham cumprido sua pena, o que marginaliza essa parte da população e deixa-os desamparados, tendo como exemplo a falta de oportunidade de trabalho, causando grandes impactos na vida desses novos libertos e excluindo cada vez mais esses da sociedade, algo inadmissível em pleno século XXI. Dessa forma, o preconceito é um fator que deve ser combatido para o melhor convívio social e melhores oportunidades desses indivíduos.
Faz-se necessário, portanto, medidas para o fim dessa adversidade. Cabe ao governo federal - órgão responsável pela administração dos direitos sociais e do bem comum - realizar através de investimentos projetos de incentivo ao trabalho para ex-presidiários, por meio de bonificações para empresas que destinarem vagas para esses delituosos, tendo como finalidade a maior oferta de empregos e oportunidades, contribuindo para a maior reinserção desses seres no corpo social e diminuindo o preconceito suportado por esses. Só assim, o entrave será gradativamente erradicado no Brasil e as práticas maquiavélicas serão atendidas.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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