Na vigésima edição do programa de sobrevivência, "Big Brother Brasil", a ex-participante Karol Conká, sofreu com o cancelamento criado dentro e fora da casa. Este cancelamento sucedeu alguns comportamentos negativos direcionados ao também ex-participante, Lucas Koka Penteado, que mais tarde fora repudiado pelos outros confinados e pelo público, levando à sua alta rejeição.

A problemática se desenvolve quando se ultrapassa os limites do julgamento, fazendo-se o uso da violência direcionada à pessoa linchada. Neste caso, os ataques sofridos pela ex-participante e por sua família, tomaram níveis inimagináveis e desproporcionais.

Nota-se, uma crescente onda de ódio nas principais plataformas sociais, onde se destaca o "Twitter", berço de discussões que, posteriormente, vão para os "Trending Topics". Como efeito disso, a maior parte desses discursos acabam sendo justificados pela "liberdade de expressão", culminando na banalização do discurso de ódio.

Em vista disso, percebemos que, o que é dito e feito na "internet", possui uma bagagem constituída por fatos ou opinião, - aonde nem sempre há uma distinção correta destes - e até mesmo por preconceito e discriminação, de modo que faça dela uma "terra sem lei".

Por conseguinte, é indispensável o investimento numa educação inclusiva, que levante discussões de pautas como: notícias falsas; o estudo acerca do direito e liberdade à expressão (salientando o cumprimento com a Constituição Federal e os direitos humanos); o exercício de empatia, além da reflexão e conscientização da gravidade de tais atos. Todas essas coisas poderiam ficar a cargo dos Ministérios da Educação, Comunicações e Ciência, Tecnologia e Inovações, de forma conjunta com os influenciadores e criadores de conteúdo do meio digital.