Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o caminho para a valorização da mulher na ciências, no Brasil, atualmente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada a realidade do país, seja pela influência social, seja pela falta de representatividade.
É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a influência social rompe essa harmonia, haja vista que mesmo com pesquisas afirmando que nas principais etapas da carreira cientifica no Brasil, as mulheres são a maioria, mas ainda é notável uma minoria nos postos mais favoráveis. Um artigo publicado na Nature Magazine há alguns anos descobriu que as mulheres eram responsáveis por quase 70% do total de publicações de cientistas brasileiros entre 2008 e 2012, um dos maiores índices do mundo.
Outrossim, destaca-se a falta de representatividade como impulsionador do problema. De acordo com Chimamanda Ngozi, a cultura não faz as pessoas; as pessoas fazem a cultura. Um estudo recente mostrou que as mulheres representam apenas 24% dos beneficiários de um subsídio do governo brasileiro concedido aos cientistas mais produtivos do país (a bolsa produtividade). Talvez a falta de mulheres nas principais posições científicas seja o resultado de uma questão mais profunda no país, causada pelos mesmos fatores que explicam por que os salários das mulheres são mais baixos ou porque há poucas mulheres em conselhos de empresas, ou mesmo em posições governamentais de alto nível.
É necessário, portanto, que para isso, o MEC, em parceria com as universidades, devem criar iniciativas que dão visibilidade à comunidade científica feminina e a projetos relacionados ao caminho da valorização da mulher na ciências. Isso se dará através de visitas a escolas e pela divulgação de vídeos sobre projetos de pesquisa nas redes sociais, a fim de que a população em geral conheça a realidade da pesquisa no Brasil, e, em conjunto com os pesquisadores, possam exigir do Poder Público, por meio de abaixo-assinados, maior investimento e valorização da mulher. Dessa maneira, problemas como a falta de representatividade serão solucionados, e a mulher na ciência será valorizada no Brasil

@Jotaveh @willoliveira @Warkes30 @EmillyySilva @An-
ne24 Podem corrigir?