Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, ninguém compra nada sem antes ser produto e para além da reflexão do filósofo, a revolução tecnológica massificou a produção de propagandas e delimitou com mais afinco os públicos-alvo dessas e os influenciadores tiveram um papel fundamental para a ascensão do marketing nas novas plataformas, os quais vendem um estilo de vida para posteriormente lucrar com publicidades de outras empresas. Assim, urge debater acerca dessa problemática.
Em primeiro lugar, é necessário salientar a alienação causado pelo fantasioso e impecável cotidiano, nem sempre verídico desses formadores de opinião. De acordo com Popper, não nada no pensamento humano que antes não tenha passado pelos sentidos, e, ao consumir o conteúdo irrealista supracitado, os seguidores internalizam os ideários insustentáveis de sucesso demonstrados como meta pessoal, e nada busca pelo inexistente, acabam frustrando-se quando não realizam a objetivo pessoal ao qual foram induzidos.
Ainda decorrente do fato anterior, o consumismo induzido pelos influenciadores torna-se um “refúgio” para a atenuação da mágoa causada por não alcançar sua meta estipulada a si próprio, invertendo em definitivo os valores entre o “ser” e o “ter”. Fato previsto por Marx que destaca que à medida que o mundo as coisas – o “ter” - é mais valorizado, o mundo humano – O “ser” - perde força. Desse modo, as pessoas que tem grande admiração pelas figuras públicas e não obtiveram sucesso ou admiração de terceiros, tendem a comprar mais as coisas ofertadas, por mantê-las como prêmio de consolação a si mesmos e ao mesmo tempo, mantendo um grau de proximidade, gosto e nicho social com o anunciante.
Dessa forma, expostas as relações de consumo e seus impactos, cabe às redes sociais, que promovem tais cenários a título de exemplo, Facebook e Instagram, por meio do diagnóstico dos números da rede, descobrirem consumistas em potencial para que se reduza o alcance do trafego pago para essas pessoas, ademais, promoverem “workshops” compostos usuários que tenham grande gama de seguidores, para debater a responsabilidade da saúde mental daqueles que os acompanham. Ambas as ações tem o intuito de melhorar a saúde mental e econômica dos indivíduos como um todo. Somente assim, os internautas serão vistos como pessoas e não apenas como produtos de si mesmos.

Textos motivadores: https://coredacao.com/temas-de-redacao/ ... e-consumo/