Herbert Marcuse, sociólogo alemão, afirmou que os canais de imprensa homogeneízam os fenômenos nocivos que ocorrem no tecido civil, o que forma cidadãos fortemente alienados. Sob esse raciocínio, a mídia, mesmo com seu alto poder de influência e de transformação, não reivindica, de maneira significativa, a necessidade de se combater a marginalização dos doentes crônicos, tendo em vista que, para ela, essa pauta não é profícua, pois ela não gera suficientes controvérsias, patrocínios e, logo, rendimento. Nessa perspectiva, considerando que, por causa do rápido avanço tecnológico, os veículos comunicativos são um dos mais eficientes disseminadores de instruções, o seu exíguo debate sobre a temática em discussão estimula a insipiência da população e contribui para o aumento de falta de empatia, de repúdios e de incompreensões contra os enfermos crônicos, sendo danoso à vida acadêmica - por exemplo, desprezos efetuados por professores e por discentes -, trabalhista - como humilhações e condutas negativas, por parte dos chefes - e sociável - microagressões vivenciadas em seu cotidiano - desse público. Dito isso, fica óbvio que a premissa de Marcuse é, com efeito, confirmativa: por mais que a estigmatização dos doentes crônicos seja um grave empecilho, a mídia o banalizou e, consequentemente, agoniou inúmeros indivíduos.
Analisado esse pilar do problema, tem-se, subsequentemente, outro fator que o sustenta: a omissão didática. A esse respeito, o conceito de “McDonaldização da Escola” - criado pelo pensador Michael Apple - defende que o colégio é similar à indústria, já que ele secundariza o senso crítico e, com base nisso, foca, apenas, em doutrinar o estudante para a ocupação profissional. Por esse ângulo, muitas instituições de ensino, ao priorizarem a formação trabalhista em detrimento da criticidade, não englobam, em suas disciplinas, conhecimentos indispensáveis para a consolidação de uma sociedade harmônica, tais como o desenvolvimento do respeito e da empatia para com grupos minoritários - por exemplo, os doentes crônicos. Em razão disso, vários alunos saem do ambiente escolar com uma ótica preconceituosa, colaborando para o aumento de hostilidades - como agressões físicas e verbais - contra os enfermos crônicos, o que é capaz de, gravemente, agoniá-los. Sendo assim, é preciso que os educandários deixem de ser uma analogia à fábrica e, a partir disso, foquem em valorizar a importância da amabilidade.
Diante desses aspectos, é crucial que haja uma intervenção. Visando combater a estigmatização dos doentes crônicos, os gestores dos maiores conglomerados de mídia do Brasil - como Silvio Santos (proprietário do SBT) e Roberto Marinho (presidente da Rede Globo) - têm de elaborar, em grande quantidade, campanhas informativas em relação à necessidade de se respeitar as pessoas que portam moléstias infindáveis. Aliado ao apoio instrutivo das escolas, isso deve ser feito por intermédio de recursos financeiros disponibilizados pelos próprios setores econômicos das empresas e contará, também, com a criação da “hashtag” “#TodosPelosDoentesCrônicos”, a qual auxiliará na disseminação dos esclarecimentos constatados nas publicidades. Feito isso, espera-se que, diferentemente do enredo visto em “O Homem de Giz”, a população seja mais gentil.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: 186
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: 186
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: 186
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: 189
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: 189
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.