MODELO: Fuvest
Título: A mentalidade individualista como produto da sociedade
Em 1970, o ex-jogador brasileiro de futebol, Gérson de Oliveira, em uma peça publicitária de cigarros Vila Nova, faz alusão à promoção do produto dizendo diretamente ao leitor que é possível levar vantagem em todas as situações cotidianas. À vista disso, o jogador foi duramente criticado pela frase por conta do teor elitista, mesmo que, não possuía intenções de diminuir classes sociais, a mentalidade da sociedade viu no comentário de Gérson, uma afronta aos seus - individualistas e antipáticos - ideais, que não consideram levar vantagem sem a desvantagem de outra pessoa, possível. Dessa forma, analisar as origens desses ideais se torna fundamental para compreender o exposto.
É imprescindível salientar como a injustiça altera a compreensão da sociedade acerca daquilo que é ou não, o oportunismo, ou seja, levar vantagem mesmo que isso signifique a desvantagem de outro indivíduo. Nesse sentido, o escritor brasileiro, Ariano Suassuna, reiterava que uma injustiça secular divide a sociedade brasileira em favorecidos e desfavorecidos. Por esse motivo, a frase de Gérson causou desconforto naqueles que pertencem à classe desfavorecida, por pensarem, erroneamente, que são prejudicados por outros indivíduos, no entanto, são fruto de instituições de saúde, segurança e educação ineficientes, que, por sua vez, não apresentam ligação com o jogador. Com isso, a diferença do escrito por Suassuna é evidente.
É fundamental acentuar como o individualismo corrobora com o egoísmo, antipatia e ainda o oportunismo. Acerca disso, o sociólogo francês, Émile Durkheim, afirma que o egoísmo é produto da sociedade. Analogamente, a concepção de vantagem e desvantagem foi deturpada pela ideia individualista brasileira de que obter sucesso em algo serve ou serviu de ferramenta de opressão sistemática sob outros, esta visão egoísta e antipática da sociedade caminha lado a lado com a história do país desde a escravidão, enquanto, na verdade, o sucesso não passa de mérito recompensado por esforço próprio. Para tanto, verifica-se o individualismo como óbice originário da questão oportunista.
É indispensável discutir-se, portanto, se é possível levar vantagem sem fazer com que os outros saiam em desvantagem. Torna-se evidente, portanto, como a injustiça e o individualismo afetam a forma com que o sucesso de alguns indivíduos é visto por outros, e como isso os afeta negativamente. Assim, a sociedade é responsável pela negação do tema.
Frase de Ariano Suassuna
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Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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