O livro "Sociedade do Espetáculo", do escritor francês Guy Debord, apresenta um grupo de pessoas que busca a performance perfeita da sociedade. No entanto, desde as décadas passadas até os dias atuais, o objetivo desse grupo não é realidade, um dos casos para isso não acontecer é a pouca qualificação da moradia no Brasil. Assim, a negligência governamental e a desigualdade social são fatores que contribuem para a perpetuação desse cenário negativo.
Em primeiro lugar, é imperioso destacar a carência de ações estatais como impulsionador desse revés. Na antiguidade, Rio de Janeiro sob a presidência de Pereira Passos, o próprio solicitou a ação de destruir os cortiços - casarões ocupados por famílias - para urbanizar e modernizar a cidade, e assim, as famílias tiveram que se deslocar para as margens. Nesse contexto, hodiernamente, muitas pessoas não possuem as condições suficientes para ter boa moradia e o governo não a proporciona para elas.
Em segundo lugar, vale ressaltar a desigualdade social ainda presente na atualidade. Sob esse viés, a falta de empregos e de oportunidades para a baixa classe, com o interesse de ganhar uma renda e obter o direito à moradia ainda é constante, fazendo com que corrobore a crescente ausência de acesso a ela e provocando a má condição de vida na sociedade.
Contudo, torna-se imprescindível a resolução da conjuntura citada. Assim, o Estado - órgão de grande poder político e social - deve criar projetos para a doação de casas, por meio de políticas públicas, para beneficiar as famílias que necessitam, a fim de diminuir os casos dos indivíduos sem teto e aumentar a garantia do acesso à moradia no Brasil. Com isso, uma parcela da sociedade se tornará perfeita.