No atual contexto mundial, a disseminação de fake News – que segundo a tradução literal significa “notícias falsas” – se mostra cada vez mais perigosa e frequente, enquanto o número de pessoas que passam a acreditar nelas aumenta de forma exponencial. “Nunca há tanta mentira quanto antes das eleições, durante a guerra e depois da caça” disse Otto Von Bismarck, diplomata e político alemão, essa frase se mostra de forma verídica nos últimos anos enfrentados pela população mundial, um dos exemplos da disseminação de Fake News no Brasil se mostrou durante a corrida presidencial, que ocorreu no ano de 2018, na qual houve uma propagação generalizada de Fake News sobre os candidatos, essas variavam desde ataques à seus familiares até possíveis fraudes no processo eleitoral.
Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), as notícias falsas se propagam 70% mais rápido do que notícias verdadeiras, isso se dá ao fato de que a sociedade deixou de verificar a veracidade dos fatos e passou a acreditar em tudo aquilo que lê na Internet, em especial nas redes sociais. Outro fato que motiva o resultado da pesquisa, é que as pessoas tendem a acreditar em tudo aquilo que lhes transmite conforto e segurança.
Algo que se mostra cada vez mais comum na “Era da Pós-Verdade”, que é um fenômeno no qual a opinião passa a ser mais importante do que fatos objetivos, é a quebra dos limites da liberdade de expressão, que está presente nos direitos humanos. A criação de Fake News, muitas vezes, ultrapassa as barreiras individuais da liberdade de expressão, levando a discursos de ódio, que ocasionam a violência e a agressão. No entanto, deve-se ter em mente que a autonomia de opiniões é um direito de todo cidadão, mas esta só pode ser exercida quando não ameaça a honra e a liberdade de terceiros.
As notícias mentirosas não são um problema somente na sociedade Brasileira, mas sim em todo o mundo, podemos citar como exemplo, as Fake News que circularam e continuam a circular durante a pandemia do coronavírus, atualmente essas contabilizam mais de 400, as mais perigosas envolvendo o banho de soda cáustica para limpar e proteger o corpo contra a doença, a fabricação de álcool em gel caseiro, a morte causada pela vacinação, entre outros. Esse último sendo quase semelhante às Fake News que circularam durante a Revolta da Vacina, que ocorreu em 1904 no Rio de Janeiro.
Portanto, cabe à população pôr em prática a famosa frase popular “Sua liberdade termina quando começa a do outro” e ao governo e ministério federal, juntamente com a população, elaborar e fazer cumprir leis e campanhas que conscientizem sobre os impactos e consequências que podem ser geradas pelas Fake News e como descobri-las, além de penas e multas a serem cumpridas pelos praticantes do ato.