A cantora e compositora Luisa Sonza foi altamente atacada e ameaçada em suas redes sociais após ser acusada sem provas de uma traição ao comediante Whindersson Nunes, o que por consequência fez a artista desenvolver depressão e ataque do pânico. Fica claro que a cultura do cancelamento é nociva e se tornou um tribunal onde os que fazem o papel de juízes não se importam com os resultados psicológicos que todo esse linchamento pode causar. Para a mudança desse cenário cabe analisar a normalização da agressão cibernética e a impunidade dos atacantes.
Diante disso, observa-se necessário discutir sobre a normalização da agressão nas redes, visto que muitos concluem ser justo atacar alguém pela cor, sexualidade, gosto musical, entre outras coisas que deveriam ser respeitadas. Contudo, por exemplo, uma pesquisa da Agência Brasil mostrou que muitos artistas são atacados por questões banais como uma opinião diferente, mas que os internautas que discordam não se limitam em respeitar o espaço do outro e preferem disseminar o ódio. Dessa forma, percebe-se que existe um lado que apoia esse cancelamento e que não visa criticar de forma construtiva, mas sim destrutiva.
Ademais, a impunidade dos atacantes é outra peça chave para o cancelamento. Hodiernamente, a era intelectual é um dos maiores problemas da justiça social, visto que não é fácil monitorar o que todos os internautas escrevem e recebem, o que pode causar em falhas nessa monitoração fazendo com que haja uma grande impunidade e que muitos continuem a disseminar o ódio sem ter as consequências dos seus atos.
Portanto, é preciso superar a gênese do cancelamento em contradição a justiça social. Para tanto, cabe a mídia, responsável por transmitir informações e conteúdos variados, a criação de campanhas de conscientização sobre as consequências desses ataques cibernéticos. Isso deve ser feito através de propagadas televisivas e campanhas na "internet", com a finalidade de diminuir esse problema. Tal medida acompanhada de uma maior monitoração das redes sociais, potencializará o combate ao cancelamento. Espera-se que dessa forma que não aconteça com mais ninguém o que aconteceu com Luisa.