Nessa lógica, é preciso, de início, discorrer acerca da displicência estatal. A esse respeito, o livro “O Cidadão de Papel”, do jornalista Gilberto Dimenstein, pontua que as normas presentes em documentos nacionais nem sempre são efetivadas. Sob esse raciocínio, por mais que a Constituição Federal de 1988 assegure, em seu artigo 1º, o direito à dignidade, o contraditório Estado não adota ações que seriam capazes de, substancialmente, mitigar os casos de arquitetura hostil, tais como a criação de uma lei que objetive detectar esses acontecimentos para, posteriormente, punir quem os elaboram e, ainda, investir em programas sociais que visem garantir moradias, roupas e alimentação para os indivíduos marginalizados por essa hostilidade. É inadmissível, então, que a administração pública não faça valer a premissa constitucional associada à honradez.
Tem-se, em acréscimo, a inércia dos canais de imprensa como outra fomentadora do empecilho. O aclamado sociólogo Pierre Bourdieu defendia que um mecanismo democrático não deve se tornar em uma ferramenta de opressão. Os veículos comunicativos, entretanto, vão de encontro à sua responsabilidade enfatizada por Bourdieu, já que – por não ser uma temática que gere controvérsias, patrocínios e, pois, rendimento – esses, mesmo com seu alto poder de transformação e de influência, não reivindicam, de maneira suficiente, a necessidade de se erradicar os casos de arquitetura hostil. Como consequência disso, muitas pessoas – as quais não possuem acesso a uma habitação digna e, assim, precisam viver nas áreas urbanas – têm o seu alcance citadino inviabilizado, o que piora sua condição e, portanto, expande sua marginalização. Destarte, enquanto a omissão da mídia for a lógica, difícil será alterar esse quadro adverso.
Diante desses aspectos, é primordial que haja uma intervenção. Para tanto, o Estado – autoridade responsável por mitigar os impasses que ocorrem na sociedade – deve elaborar uma norma que tencione identificar casos de arquitetura hostil para, depois, punir seus feitores e, ademais, criar uma política social que ambicione aumentar a comodidade de indivíduos em situação de vulnerabilidade. Essas medidas devem ser, respectivamente, feitas por meio de discussões na Câmara dos Deputados e de maior repasse de verbas nessa área e terão a finalidade de atenuar a marginalização oriunda da arquitetura hostil.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: 195
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: 190
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: 190
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: 190
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: 190
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.